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Assistência Pré-Natal - ABENFO-Nacional

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A periodicidade das consultas dependerá da classificação acima. Se classes I e II, controleambulatorial com retornos mensais até a 20 a semana, quinzenal da 20 a a 32 a semana e semanalapós a 32 a semana. Se classe III, acompanhamento ambulatorial quinzenal na primeira metade dagestação, seguido de retornos semanais até a 30 a semana e internação após a 30 a semana. Seclasse IV, o acompanhamento será a nível de internação. Em todas as classes, na vigência dedescompensação, a internação será mandatória.No pré-natal devem-se fazer algumas orientações à gestante cardiopata, como dietahipossódica, evitar ganho de peso excessivo, diminuição dos exercícios físicos. O repouso deveráser relativo nas pacientes classes I e II e absoluto nas classes III e IV. Deve-se ficar atento àsuplementação de ferro e ácido fólico para evitar a anemia, que pioraria muito o quadro; orientarpara o uso das meias elásticas que melhora o edema e previne a trombose. Por último, deve-seinstituir a antibiótico-profilaxia para endocardite bacteriana nas pacientes com próteses valvares eseptais com ampicilina 2 g em dose única EV e gentamicina 1,5 mg/kg IM de peso no transcursodo parto.A gestante em trabalho de parto prematuro deve ser tratada preferencialmente com sulfato demagnésio ou inibidores da síntese das prostaglandinas (indometacina). Lembrar dos efeitoscolaterais destas duas drogas: a indometacina pode levar ao fechamento do ducto arterioso fetal eo sulfato de magnésio tem difícil administração pela via venosa com efeitos colaterais gravescomo a diminuição dos reflexos e das incursões respiratórias, podendo chegar à paradarespiratória.Os medicamentos para o tratamento cardiológico específico deverão ser, preferencialmente,administrados por cardiologistas ou clínicos, respeitando-se as suas indicações e contra-indicaçõesna cardiopatia e a idade gestacional, com especial atenção sobre as repercussões para o concepto.As cirurgias cardíacas na gestação devem ser realizadas preferencialmente no período entre a16 a e a 28 a semanas. As indicações absolutas são: edema agudo de pulmão refratário aotratamento clínico, episódios de hemoptise, embolia sistêmica prévia e insuficiência cardíaca comgrave limitação funcional no segundo trimestre da gestação. Outras indicações seriam asdisfunções de próteses orovalvares que necessitam de trocas.A interrupção da gestação no seu início (abortamento terapêutico) necessita de uma reuniãointerdisciplinar e está indicada nos casos de graves miocardiopatias em pacientes na classes III ouIV desde o início da gravidez, nas cardiopatias congênitas cianóticas, como a síndrome deEisenmenger, hipertensão pulmonar primária e na síndrome de Marfan, e nos casos de gestantescom passado de dissecção da aorta e hipertensão pulmonar grave de qualquer etiologia.106

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