à gestante quando indicadores sinalizam para a interrupção espontânea da gravidez ou quandonecessitamos indicar indução ou cesariana eletiva antes do termo. Atualmente a corticoterapia estáindicada nas gestações ameaçadas de interrupção entre 26 a 34 semanas de duração. Além daredução da incidência da síndrome de angústia respiratória do recém-nascido, a síndrome damembrana hialina, outros efeitos benéficos são observados com o uso dos glicocorticóides. Dentreeles, o decréscimo na freqüência de hemorragia intraventricular, enterocolite necrotizante,persistência do canal arterial e a displasia broncopulmonar.O esquema mais utilizado: betametasona ou dexametasona 12 mg IM por dia por dois diasseguidos. O efeito benéfico é observado quando o parto ocorre de 24 horas a 7 dias após aadministração da segunda dose. Se o parto não ocorrer repete-se novamente 12 mg IM a cadasemana até a 34 a semana.CONDUTA DIANTE DO FRANCO TRABALHO DE PARTO PRÉ-TERMONos partos induzidos ou nos fracassos de inibição contrátil cabe ao obstetra proteger o fetominimizando ao máximo as possíveis complicações, como a asfixia e o trauma. Nos fetos emapresentação pélvica com peso estimado entre 1.000 e 2.000 gramas a melhor conduta é o partocesáreo. Na apresentação de vértice, não havendo sofrimento fetal, a melhor solução é o parto porvia transpélvica.Algumas recomendações tornam-se necessárias na condução do parto vaginal:- Monitorar o batimento cardio-fetal.- Evitar o uso de drogas depressoras do sistema nervoso central.- Retardar a rotura da bolsa amniótica, o feto pré-termo é sensível ao contato com a cérviceuterina propiciando hemorragias intracranianas. O polo cefálico, pelo seu pequeno volume, criaespaços por onde pode se prolapsar o cordão umbilical.- No período expulsivo devemos realizar ampla episiotomia, permitindo fácil passagem fetalpelo assoalho pélvico, reduzindo risco de injuria cerebral.- Se for necessário, a anestesia loco-regional bilateral com bloqueio dos pudendos deve serrealizada.- O desprendimento do polo cefálico deverá ser cuidadoso e poderá ser ajudado aplicando-se umfórcipe baixo.Numerosas interrogações permanecem ainda sem respostas. A estabilização na incidência defetos nascidos em gestações que não alcançaram o seu final permanece elevada em nosso país,sobretudo entre as populações mais carentes. A extensão a todas as mulheres dos cuidados prénatais,aliados à melhor qualidade de vida, representa o maior desafio no próximo milênio àobstetrícia de uma nação que pretende ser justa e civilizada.116
DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS E GRAVIDEZOs agentes etiológicos destas patologias incluem os vírus, as bactérias, os fungos, além deprotozoários e ectoparasitas.Se considerarmos as doenças sexualmente transmissíveis (DST) em conjunto, elasrepresentariam uma das complicações médicas mais comuns das gestações.Pelas repercussões maternas e fetais, abordaremos as que consideramos de maiorimportância:· Sífilis· Gonorréia· Clamídia· Herpes simples· Papilomavírus humano (HPV)· Cancróide· Hepatite B· AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)· Tricomoníase· Vulvovaginite por cândida· Vaginose por Gardnerella vaginalisÉ imperativo na rotina pré-natal, o rastreamento das DST, particularmente da sífilis,gonorréia, clamídia, HPV, hepatite B e AIDS.SÍFILISDoença infecciosa sistêmica, causada pela bactéria espiroqueta Treponema pallidum. Temcomo modos de transmissão principais as vias sexual e materno/fetal, produzindo as formasadquirida e congênita da doença, respectivamente. Há associação com uso abusivo de drogas,particularmente cocaína e crack, além da falta de assistência pré-natal.Após período de incubação médio de três semanas da relação sexual contagiante, odiagnóstico pode ser feito diretamente pelo surgimento do cancro duro: lesão ulcerativa,indolor, de bordas duras e fundo limpo, que incide com maior freqüência nos pequenoslábios, paredes vaginais e colo uterino, acompanhada de adenopatia inguinal nãosupurativa.A instalação freqüente da lesão no colo uterino leva ao não diagnóstico dasífilis nesta fase dita primária, não só por passar desapercebida pela paciente, mas tambémpelo início tardio do pré-natal e exame não cuidadoso do obstetra na busca destas ulcerações117
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