urinária, podem ocorrer. Menos freqüentemente a viremia pode ocasionar pneumonia, hepatite eencefalite.O tempo médio para desaparecimento dos sintomas é de duas a quatro semanas.A ocorrência da forma primária, na gestação, embora rara, pode determinar abortamentoespontâneo, restrição de crescimento intra-uterino e trabalho de parto prematuro.O modo de transmissão perinatal mais comum do vírus se dá quando da passagem do fetopelo canal do parto. O risco de contaminação fetal é de 50% no herpes genital primário e de 1 a5% no recorrente.Recomenda-se o parto cesáreo quando a primeira infecção ocorre no final da gestação e todavez que houver lesões herpéticas ativas, mesmo nas formas assintomáticas e recorrentes. Noscasos de rotura das membranas, com mais de quatro horas, a cesárea não traz benefícios.O diagnóstico é fundamentalmente clínico, baseado na anamnese e exame das lesões.Laboratorialmente pode ser feito:1) Citologia pela coloração de Papanicolaou – pode revelar os corpúsculos de inclusões viraisde Tzank2) Cultura – isolamento do vírus em cultura de tecido3) PCR – Pesquisa do DNA viralO tratamento preconizado é o de medidas gerais, como banhos locais, anestésicos tópicos eanalgésicos. Na primo-infecção, a administração do aciclovir na dose de 200 mg/VO 5x/dia por 10dias poderá ser realizada.Nas formas recorrentes, aciclovir tópico pode ser utilizado, embora com benefícios não muitoevidentes.PAPILOMAVÍRUS HUMANO – HPVInfecção de transmissão freqüentemente sexual, ocasionada pelo papilomavírus humano, quejá apresenta mais de 70 sorotipos conhecidos e classificados como de alto, médio ou baixo risco,de acordo com o potencial oncogênico.Pode se apresentar clinicamente sob forma de lesões verrucosas vegetantes,macroscopicamente visíveis, denominados condilomas acuminados e que aumentam muito emnúmero e tamanho durante a gestação, provavelmente pelo grande aumento da vascularização dagenitália na gravidez, sendo observados na região vulvar, perineal e perianal, além de vagina ecolo do útero.Muitas vezes, não observamos lesões condilomatosas e o diagnóstico é feito pelas alteraçõescitológicas sugestivas da presença do vírus, confirmadas pela vulvoscopia, colposcopia e biópsia.Em outras situações, o diagnóstico é feito pelas técnicas de captura híbrida e PCR.124
O tratamento é feito com medidas de higiene local, banhos e cremes com antibióticos quandocoexistem infecções secundárias.Nas lesões verrucosas pode ser aplicado ácido tricloracético (ATA) a 50 ou 80%,topicamente, duas a três vezes por semana.A ablação com laser, crio ou diatermoterapia pode ser realizada e quando as lesões se tornammuito volumosas, pode-se praticar a excisão cirúrgica com eletrocautério, criocirurgia, laser oucautério de alta freqüência.A utilização de solução de podofilina e cremes citostáticos, a exemplo do 5-fluorouracil, écontra-indicada na gestação.Se, no momento do parto, existirem lesões grandes, infectadas secundariamente ou quepossam apresentar hemorragia, optamos pela cesárea.O risco de papilomatose de laringe no recém-nascido, por contaminação durante o parto, émuito pequeno e de per se não é indicação de cesárea.Após o parto a tendência das lesões é diminuir em número e tamanho, podendo ficarindetectáveis à macroscopia. Entretanto, estas pacientes devem ser acompanhadas clínica,citológica e colposcopicamente.HEPATITE BEndêmica em algumas regiões do mundo como Ásia e África, é a infecção aguda maiscomum do fígado, bem como responsável pela sua seqüela mais séria, a hepatite crônica, que podeevoluir para cirrose e para o carcinoma hepatocelular.Dos adultos infectados, aproximadamente 90% evoluem para a cura completa e 5 a 10% paraa infecção crônica. Já dos recém-nascidos infectados, 70 a 90% tornam-se infectadoscronicamente.Estes números tornaram praticamente obrigatório o rastreamento sorológico pré-natal para ahepatite B.O contato com sangue contaminado é a forma mais comum de contágio, acometendo commaior freqüência pacientes que receberam transfusão de sangue e derivados, usuários de drogasendovenosas e profissionais da saúde.O vírus é também encontrado na saliva, secreções vaginais e sêmen, sendo assim, doençasexualmente transmissível, sendo esta a outra forma mais freqüente de contaminação. Atransmissão neonatal ocorre pela aspiração e contato do feto no momento do parto com secreçõescervicais, vaginais, sangue e líquido amniótico e, do recém-nascido, com o leite materno. Atransmissão transplacentária é rara.O diagnóstico pode ser feito clínica e laboratorialmente.Após período de incubação de 50 a 180 dias, a doença evolui para a faseprodrômica, caracterizada por febre baixa, anorexia, náuseas e vômitos, fadiga, mialgiase artralgias. Após 5 a 10 dias, estes sintomas se atenuam e inicia-se a fase ictérica e, em125
- Page 1:
Assistência Pré-NatalManual de Or
- Page 6 and 7:
ORGANIZAÇÃO DO ATENDIMENTO PRÉ-N
- Page 8 and 9:
ACONSELHAMENTO PRÉ-CONCEPCIONALA g
- Page 10 and 11:
dose única da vacina MMR 0,5 ml po
- Page 12 and 13:
mais importante para o crescimento
- Page 14 and 15:
estrutura óssea da pélvis materna
- Page 16 and 17:
de globulina. A relação albumina/
- Page 18 and 19:
alterados durante a gravidez. Enten
- Page 20 and 21:
LIMITAÇÃO MEDICAMENTOSA EM OBSTET
- Page 23 and 24:
Metildopa, indicado para tratamento
- Page 25 and 26:
ASSISTÊNCIA BÁSICA PRÉ-NATALA fr
- Page 27 and 28:
importância para as avaliações s
- Page 29 and 30:
causas de desnutrição. Se o ponto
- Page 31 and 32:
NUTRIÇÃO NA GRAVIDEZ NORMAL E EM
- Page 33 and 34:
VITAMINAS LIPOSSOLÚVEISVITAMINA A
- Page 35 and 36:
peixe e sal iodado. A necessidade d
- Page 37 and 38:
TRATAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS GRA
- Page 39 and 40:
ULTRA-SONOGRAFIA OBSTÉTRICAA ultra
- Page 41 and 42:
distingüindo-se o polo cefálico e
- Page 43 and 44:
Diagnóstico de anomalias estrutura
- Page 45 and 46:
geral, anomalias cromossômicas ou
- Page 47 and 48:
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL NA
- Page 49 and 50:
MONITORIZAÇÃO CLÍNICA DA FREQÜ
- Page 51 and 52:
AVALIAÇÃO DA MATURIDADE FETALNão
- Page 53 and 54:
Vantagens: O teste é simples, ráp
- Page 55 and 56:
Citologia com o lugol forteFundamen
- Page 57 and 58:
GESTAÇÃO MÚLTIPLAO útero matern
- Page 59 and 60:
DOENÇA HEMOLÍTICA PERINATALA doen
- Page 61 and 62:
titulação ≥ 1:8 ou a história
- Page 63 and 64:
1) Amniocentese - Deve ser realizad
- Page 65 and 66:
Na impossibilidade da imunoglobulin
- Page 67 and 68:
(período hiperplásico), levando
- Page 69 and 70:
dois grandes grupos: CIUR sem oligo
- Page 71 and 72:
HIPERTENSÃO ARTERIALA hipertensão
- Page 73 and 74: Quadros clínicos sugestivos da DHE
- Page 75 and 76: • resposta insatisfatória ao uso
- Page 77 and 78: • síndrome HELLP presenteb) Indi
- Page 79 and 80: 2. HIPERTENSÃO CRÔNICAÉ a hipert
- Page 81 and 82: OLIGOIDRÂMNIOA oligoidramnia, cara
- Page 83 and 84: POLIDRÂMNIOA polidramnia tem sido
- Page 85 and 86: sintomas discretos podem, usualment
- Page 87 and 88: A inspeção da genitália externa
- Page 89 and 90: espiratórios, indicador sensível
- Page 91 and 92: ABORTO RETIDOCaracteriza-se pela in
- Page 93 and 94: HEMORRAGIA DA SEGUNDA METADE DA GRA
- Page 95 and 96: ) Idade: a placenta prévia é mais
- Page 97 and 98: DIABETES MELLITUSO diabetes mellitu
- Page 99 and 100: da gestação.6) A hemoglobina glic
- Page 101 and 102: INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIOA infe
- Page 103 and 104: Desaparece algumas semanas após o
- Page 105 and 106: da cardiopatia. O grau funcional I
- Page 107 and 108: PATOLOGIAS DA TIREÓIDEDentre as do
- Page 109 and 110: na fase reprodutiva, quer pelo elev
- Page 111 and 112: prematura das membranas, polidramni
- Page 113 and 114: que suas contrações são mais fre
- Page 115 and 116: O único inconveniente no uso do su
- Page 117 and 118: DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEI
- Page 119 and 120: fígado (cirrose hipertrófica), ba
- Page 121 and 122: infecção gonocócica disseminada.
- Page 123: O tratamento pode ser feito com:1.
- Page 127 and 128: ACOMPANHAMENTO DA GRÁVIDA HIV +Des
- Page 129 and 130: colpocitológico e colposcópico.A
- Page 131 and 132: MEDIDAS PRÉ-NATAIS DE INCENTIVO AO
- Page 133 and 134: usando-se dois dedos, forçando des
- Page 135: 135