anatômicas do organismo fetal, incluindo todos os ossos longos, e mapeamento por Dopplercolorido do aparelho cardiovascular fetal (ultra-som morfológico fetal com Doppler colorido).Este grupo de pacientes inclui aquelas com suspeita de anomalias congênitas em ultra-sonografiade rotina e que necessitam de reavaliação especializada, as gestações complicadas porpolidrâmnio, oligoidrâmnio ou restrição de crescimento, as gestantes com idade avançada e queoptaram por não submeter-se a procedimentos invasivos para cariótipo fetal, as diabéticasinsulino-dependentes, as gestantes com lúpus eritematoso sistêmico, as com casamentosconsangüíneos, as expostas a infecções congênitas na gestação (STORCH), as expostas ateratógenos no primeiro trimestre (radiações ionizantes e drogas com potencial teratogênico), asgestantes com história familiar de anomalias congênitas ou aquelas com filho anterior comanomalias congênitas.Na presença de anomalias cardíacas ao ultra-som morfológico, indica-se, reavaliação porecocardiografia fetal realizada por cardiologista pediátrico para estabelecer um prognóstico para ocaso, um plano de acompanhamento da gestação e, eventualmente, a transferência da gestante paracentros de atenção terciária conforme a gravidade do caso. Do mesmo modo, pode ser necessárioatendimento adicional ao casal e feto por equipe multidisciplinar composta de um ou mais entre osseguintes profissionais: geneticista, cirurgião pediátrico, neurologista, neurocirurgião e psicólogo.Estimativa da idade gestacionalCaso não haja oportunidade para confirmar a IG no primeiro trimestre, pode-se estimar a IGatravés de outros parâmetros biométricos fetais: diâmetro biparietal (DBP), circunferênciacraniana, comprimento do fêmur e do úmero. A estimativa da IG pelo DBP até a 20 a semana teriaum erro em torno de ± 7 dias; entre a 20 a e a 30 a semana, de ± 14 dias. A partir da 30 a semana oerro passa a ser elevado (± 21 dias) e, quando necessária a realização da estimativa nesta fase,deve-se dar preferência aos resultados obtidos pela análise da biometria dos ossos longos, menossujeitas à influência de fatores nutricionais sobre o feto.APLICAÇÕES DA ULTRA-SONOGRAFIA NO TERCEIRO TRIMESTREAvaliação do crescimento fetalO diagnóstico dos distúrbios do crescimento fetal é importante devido ao aumento da morbidadee mortalidade perinatal em fetos pequenos (PIG) ou grandes para a idade gestacional (GIG). Odiagnóstico de fetos GIG obriga o clínico a descartar a hipótese de diabetes gestacional. Jáquando existe a suspeita de feto PIG, é necessário determinar se o feto está em processo derestrição de crescimento intra-uterino (RCIU) e, caso a suspeita se confirme, qual o fatoretiológico responsável pela restrição. Como regra44
geral, anomalias cromossômicas ou síndromes infecciosas que comprometam o feto no início dagestação estão associadas a um tipo de RCIU chamado simétrico, no qual o feto éproporcionalmente (cabeça, membros e abdome) pequeno. Fetos com RCIU devido a distúrbiosnutricionais, como por exemplo nos casos de insuficiência placentária, geralmente exibem RCIUdo tipo assimétrico (circunferência craniana e comprimento dos ossos longos relativamente maiordo que a circunferência abdominal). Este último tipo de RCIU é o mais comum e também o maisimportante de ser identificado, já que a monitorização da vitalidade fetal, tratamento da condiçãobásica que levou à insuficiência placentária e interrupção oportuna da gestação melhoramsignificativamente o prognóstico tanto no período perinatal quanto a longo prazo.Para o diagnóstico correto dos distúrbios do crescimento, no entanto, é imperativo oconhecimento da IG do feto. Quando a gestação é bem datada, torna-se relativamente simples odiagnóstico da restrição de crescimento intra-uterino (RCIU) ou macrossomia fetal através dacomparação das medidas biométricas fetais a nomogramas populacionais. Os parâmetrosbiométricos mais sensíveis às alterações de crescimento e, portanto, que permitem melhor acuráciadiagnóstica neste particular, são a medida da circunferência abdominal e a estimativa do pesofetal.Quando a biometria encontra-se abaixo do percentil 5, suspeita-se que o feto seja pequenopara a idade gestacional (PIG). Do mesmo modo, nos casos de medidas acima do percentil 95,suspeita-se de que o feto seja grande para a idade gestacional (GIG). O fato do feto ser PIG ouGIG não constitui necessariamente anormalidade, visto que alguns indivíduos tendem a ser,constitucionalmente, grandes ou pequenos. O importante é a detecção das alterações decrescimento em relação ao potencial genético do indivíduo.A avaliação isolada da biometriafetal geralmente não é suficiente para o diagnóstico conclusivo de distúrbios do crescimento. Umavez que tenha havido suspeita, faz-se necessário controle evolutivo (geralmente realizado duassemanas após o primeiro exame, de preferência no mesmo equipamento e com o mesmoexaminador) para avaliar o comportamento da biometria fetal em relação ao padrão populacional(curvas de crescimento intra-uterino). Confirmada a suspeita de alteração da velocidade decrescimento, instituir-se-ão, então, as medidas cabíveis para monitorização da vitalidade fetal econduta obstétrica.Avaliação da vitalidade fetalA avaliação do bem-estar fetal por ultra-sonografia é realizada através da monitorização eidentificação dos distúrbios do crescimento, avaliação do perfil biofísico fetal (PBF) edopplervelocimetria.O PBF é o método mais utilizado e mais bem estudado em todo o mundo para avaliaçãoda vitalidade fetal. Avalia quatro componentes relacionados ao sofrimento45
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