fetal agudo (cardiotocografia basal, movimentos respiratórios, movimentos corporais e tônus fetal)e uma variável relacionada ao sofrimento fetal crônico (oligoidrâmnio). Cada um doscomponentes recebe nota 2 ou 0 conforme a normalidade ou não dos parâmetros estudados, sendoque a nota máxima é 10. De maneira simplista, fetos com notas 8 ou 10 encontram-se normais. Apresença de líquido amniótico normal (maior bolsão vertical > 2 cm) e movimentos respiratóriospresentes (um episódio de movimentos respiratórios com duração ≥ 30 segundos em 30 minutosde exame) geralmente demonstram estar a vitalidade fetal preservada. O mesmo pode-se dizer dosfetos com liquido amniótico normal e cardiotocografia reativa.CONSIDERAÇÕES FINAISEm que pese ser plenamente possível realizar-se um bom pré-natal de baixo-risco sem aexecução de exames ultra-sonográficos, é inequívoco que a qualidade e segurança doacompanhamento clínico, de forma ideal, beneficiar-se-ia com a realização da USG entre a 10 a e14 a semanas no primeiro trimestre, entre 20 e 22 semanas no segundo trimestre e, se possível,entre 32 e 34 semanas no terceiro trimestre. Naquelas situações onde, por algum motivo imponhasea limitação do número de exames, a realização de uma única USG entre 20 e 22 semanas seria odesejável.Nas gestações de alto-risco, o número e a freqüência de exames devem ser definidos pelomédico assistente, de acordo com a patologia de base e sua repercussão na unidade fetoplacentária.46
AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETAL NA GESTAÇÃO NORMALA avaliação das condições de higidez do produto conceptual é assunto que interessa a todosque prestam assistência à gestante. O conhecimento de que vale mais prevenir do que investirvultosas somas na recuperação de indivíduos lesados é o pensamento que norteia os paísesdesenvolvidos no aperfeiçoamento de métodos com esse objetivo. Apesar das gestações de riscoelevado determinarem maior chance de problemas ao feto, também na população de grávidasnormais ocorre mortalidade e morbidade perinatal. Portanto, nessa população obstétrica, queconstitui 80% a 90% das mulheres no pré-natal, deve ser avaliado o estado de saúde do nascituro.Enfatizo que gestante normal, ou de baixo risco, é aquela que não apresenta intercorrênciasclínicas, cirúrgicas, obstétricas ou ginecológicas, detectáveis clínica ou laboratorialmente, capazesde comprometer a condição de saúde do produto da concepção.Há vários métodos disponíveis à obstetrícia moderna para avaliar o bem-estar fetal nagravidez: clínicos, biofísicos e bioquímicos. Os métodos clínicos têm sido, infelizmente, relegadosao esquecimento, em conseqüência da maior atração que exercem os métodos biofísicos (ultrasonografia,cardiotocografia, perfil biofísico fetal, dopplervelocimetria), tanto para os profissionaisde saúde, quanto para as gestantes, sua família e amigos. Não há evidências na literatura queapoiem o emprego rotineiro de propedêutica complementar para avaliação da vitalidade fetal nagrávida normal. É fundamental, contudo, empregar métodos clínicos para avaliar o feto, mesmoconsiderado de baixo risco para morte e morbidez perinatal. Assim, creio que a propedêuticaclínica mínima que deve ser aplicada rotineiramente à todas as gestantes normais na assistênciapré-natal é a seguinte:MÉTODOS CLÍNICOS DE AVALIAÇÃO DA VITALIDADE FETALPERCEPÇÃO MATERNA DOS MOVIMENTOS CORPÓREOS FETAISA percepção materna dos movimentos corpóreos fetais é elemento clínico importante naavaliação da vitalidade fetal durante o período gestacional. Existem movimentos corporais doproduto conceptual a partir da oitava semana, observados pelo ultra-som, e a mãe os sente a partirde quatro ou quatro meses e meio. A movimentação corpórea pode ser detectada por métodos deregistro objetivos tais como tocodinamômetros, dispositivos eletromagnéticos ou ultra-som,havendo excelente correlação com a detectada pela mãe (80% a 90%). Saliente-se que estacorrelação independe do grau de instrução da grávida, paridade, idade gestacional, obesidade oude implantação anterior da placenta.47
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