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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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causas diversas como: overdose, violência, acidentes automobilísticos, representauma grande obstáculo ao trabalho do clínico. Por outro lado, Chaves & Rocha (2007,p. 06) alerta para o fato de que:O papel da psicanálise neste campo de pesquisa e de trabalho é muitodifícil e delicado, pois o psicanalista não pode compactuar com a ideologia ea atitude repressiva do higienismo social e do moralismo tradicional, quegeralmente, assumem uma atitude acusatória e condenatória contra osusuários de drogas.Além disso, como nos adverte Birman (2000), os impasses que ofuncionamento psíquico desses pacientes coloca como, por exemplo, o“silenciamento das simbolizações”, representaram um desafio à psicanálise, queocupou, por um tempo, uma posição periférica quanto aos estudos da toxicomania.Por essa razão, como dissemos anteriormente, técnicas emergentes da TeoriaCognitivo Comportamental (TCC), como a Entrevista Motivacional 52 têm apresentadoêxito em tais tratamento, garantindo ao paciente um maior controle sobre a vontade.Não é de nosso interesse levantar críticas com relação a esse tipo de prática, já que,considerando a singularidade de cada caso, o clínico deve estar aberto à sua própriasensibilidade e perceber a técnica que poderá ser mais eficaz em cada situação.Entretanto, vale acrescentar que a psicanálise tem muito a contribuir, abrindo-se auma práxis que possa ir ao encontro do paciente com demandas que se colocamfora do campo representacional. Isso é possível a partir de uma revisão dos suportesteórico-práticos instituídos.A psicanálise freudiana, por muito tempo, conduziu seu percurso com baseno modelo da neurose, isto é, uma perspectiva focada na representação einterpretação, sublinhando a importância do discurso livre. Contudo, constata-se, naatualidade, a necessidade de revisarmos tais pressupostos, visto que muito do quese apresenta tanto no espaço clínico, como institucional não tem se enquadrado àsnecessidades da clínica da toxicomania. Além disso, não se abrir para questionar osformatos terapêuticos empregados até então, em prol de um rigor teórico, é vetar oreconhecimento dos novos modos de existência na condição humana. Não se trata52 WILLIAM R. M. e STEPHEN R. Entrevista Motivacional: Preparando as pessoas para a mudança decomportamentos adictivos. Tradução: Andrea Caleffi, Cláudia Dornelles. Porto Alegre-RS: Artmed, 2000.115

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