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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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empreenderemos nossa tarefa, servindo-se de Freud e de um de seuscomentadores – Hanns (1999), para redesenhar o caminho do material pulsional, apartir do corpo até a possível representação no campo psíquico. O curto circuitopulsional será aqui destacado uma vez que nele o prazer permanece mais atreladoao campo sensorial.Faremos uma trajetória enfatizando os trabalhos nos quais Freud dedicouse,mais especificamente, a tratar da temática. Partiremos do Projeto para umaPsicologia Científica (1895) que, apesar de ser um texto direcionado paraneurólogos, muito contribui para nos fazer compreender a questão econômicarelacionada à experiência de prazer e de dor. Para tanto, retomaremos a idéia deque o organismo será sempre “incomodado” por impulsos (Reize) internos eexternos e o sujeito estará em busca de livrar-se de tal excitação, seja pela via dadescarga motora ou de uma ação específica. Apresentaremos, também, a dinâmicado circuito pulsional, que se apresenta como uma tendência a buscar LUST (prazer)e, a partir do trabalho de Hanns (1999), propomos a subdivisão em: “grande circuitopulsional” e “curto-circuito pulsional”. Para um melhor entendimento do que estamoschamando curto-circuito pulsional conduziremos nosso percurso até Os três ensaiospara uma teoria da sexualidade (1905), mais especificamente o terceiro ensaio, a fimde conhecermos o que Freud chamou de pré-prazer. Não se trata de um prazer queconvoca o corpo como um todo, mas refere-se a um prazer parcial. A partir dadescrição de Freud, veremos que no conceito de pré-prazer condensa tanto a idéiade estimulação como produtora de excitação quanto um prazer que pode ir serealizando parcialmente, sem necessariamente precisar alcançar o gozo completoou o que Freud denomina prazer final. Trataremos, em seguida, dos dois modos defuncionamento psíquico: princípio do prazer e princípio da realidade, a fim decompreendermos como o psiquismo garante a continuidade da experiência deprazer. Para seguir o raciocínio freudiano sobre o aparelho psíquico nospreocupamos, também, em apresentar os processos: primário e secundário. Noprocesso primário, como veremos, as pulsões terão como rota as marcas deixadaspela experiência anterior, e, no processo secundário, a energia psíquica é distribuídae conduzida de uma forma mais elaborada, podendo o prazer ser adiado.Como já foi dito, desde o Projeto para uma Psicologia Científica (1895),Freud preocupa-se em descrever fisiologicamente os processos psíquicos. Ele71

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