25.08.2015 Views

Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“banalização” do beber entre adolescentes está associada à representação socialque se tem do álcool na realidade brasileira. Não há como negar que a imagemveiculada pela mídia nas propagandas de cerveja, a receptividade ao álcool nasfestas familiares, a impunidade para os problemas relacionados, como violênciadoméstica e desastres 20 automobilísticos, sejam fortes indícios para que o uso de talsubstância, entre adolescentes, permaneça em ascendência. Outra evidência é oaumento considerável, entre jovens, do consumo de drogas sintéticas (Ecstase) e acombinação de psicotrópicos com álcool, nas conhecidas “festas de farmácia”. Valelembrar que essas drogas fazem parte do grupo das substâncias estimulantes e,nesse sentido, questionamo-nos: Qual significado dado pelo jovem à buscaincessante de “super-excitação” ou “super-estimulação”?O modo “superativado” de se constituir e de se apresentar no mundo temproporcionado novas significações, podendo, assim, atribuir novo valor às práticasque eram consideradas “ilícitas” em tempos mais remotos. Matar, roubar, morrer,correr perigo, usar drogas tornaram-se eventos comuns e, portanto, bastantebanalizados. Por outro lado, práticas lícitas e, aparentemente, saudáveis, como ouso da tecnologia e da virtualidade, apresentam-se como nocivas, gerandoconseqüências fatais, dado aos excessos.Assim, frente à superativação da sociedade contemporânea, os jovensestariam contribuindo bem mais do que se imagina à primeira vista: naprodução, reprodução, aparecimento e desaparecimento tanto de símbolos,quanto significações. Entre tantos “sinais”, haveria alguns mais insidiososrepercutindo fortemente no imaginário social: os da violência acirrada, os datransgressão “sem limites” e da toxicomania generalizada 21 (TAKEUTI, 2002p. 17).Recentemente, a Globo 22 publicou, via internet, um artigo de fonteinternacional, relatando a morte de um jovem oriental de 26 anos, após terpermanecido sete dias, quase ininterruptamente, durante o feriado de Ano NovoChinês, participando de maratonas de jogos virtuais. Esse caso não foi o primeiro.Em 2005, autoridades da Coréia do Sul divulgaram que um homem de 38 anos20 Não devemos denominar “acidentes” já que, nesses casos, incluem um ato irresponsável daquele que, estandoembriagado, conduz um veículo.21 A autora nos apresenta o termo “toxicomania generalizada” para dizer de todas as formas de vícios e excessospresentes na civilização jovem atual. Apresentaremos alguns ainda neste capítulo.22 Disponível em www.globo.com.br Acesso em 27/02/2007.48

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!