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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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não há como desconsiderar que podem ser “toxicômanos em potencial”, já que alinha entre o uso e a dependência é bastante tênue. É um desafio fazer umadelimitação clara da passagem de um estágio para o outro, considerando que estase dá gradualmente. Compreendemos que o grupo dos usuários se constitui por nãose valer da droga como razão de sua existência; já os toxicômanos são compelidospor uma força maior que impede que eles digam “não” ao imperativo do desejo. Parauma melhor compreensão a respeito “daqueles que nos falam” na presentepesquisa, faremos uma descrição mais pormenorizada.4.1 – Delimitação dos sujeitos da pesquisaA fim de apresentarmos os sujeitos de nossa pesquisa organizamos noQuadro 1 uma caracterização referente a idade atual, idade de início do uso, drogade preferência e tempo de tratamento. Como já foi dito, não foram usados muitoscritérios na escolha de tais entrevistados; apenas deveriam estar em regime deinternato em instituições especializadas, sinal que nos indica, em parte, o estado dedependência 46 . Dois dos entrevistados estavam em abstinência por alguns anos, epuderam contribuir com a pesquisa pelo fato de se manterem vinculados àinstituição. Outro aspecto a ser realçado é que a pesquisa teve contato apenas comsujeitos do sexo masculino. Isto se deu em virtude da comunidade terapêuticareceber, exclusivamente, tais pacientes; enquanto que a clínica particular, mesmosendo mista, nos possibilitou mais acesso a residentes masculinos, dado ao períododeterminado para coleta de dados. No quadro a seguir não fizemos a identificaçãodas instituições, a fim de melhor resguardar os participantes e o conteúdo de seusrelatos. Em virtude da grande quantidade de entrevistados, preferimos utilizarnúmeros ao invés de pseudônimos para identificá-los. Consideramos, ainda,importante esclarecer que na última coluna, “droga de preferência”, tratamos dasubstância usada por mais tempo e, como relatam, diz respeito àquela que osfizeram buscar o tratamento, em decorrência das conseqüências que a mesma lhescausou.46 Dizemos isso pelo fato de haver residentes em clínicas de recuperação que foram mandados por ordemjudicial, ou pela imposição da família e não, necessariamente, por sentirem necessidade real de tratamento.89

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