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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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INTRODUÇÃOO crescente consumo e circulação de drogas nos colocam frente a diversasquestões, dentre elas: o tráfico, o abuso excessivo de substâncias, a criminalizaçãoe a delinqüência. As apreensões mundiais de cocaína atingiram novo recorde em2005, ou seja, a droga foi encontrada pela polícia em 131 países, um número quesurpreende os pesquisadores, visto que duas décadas antes os registros apontavampara 69 países. Constata-se que o tráfico tem se espalhado em termos geográficos,tornando-se um fenômeno global, o que significa dizer que 80% dos paísesapresentaram dados de apreensão de drogas. Vale destacar, ainda, que a maioriadelas continua concentrada nas Américas (85%) (ONU, 2007, p.70).Atualmente, no Brasil, constata-se que o consumo de drogas lícitas e ilícitasse expandiu, consideravelmente, entre os jovens das mais diversas classes sociais,como comprova o II Levantamento Domiciliar sobre o uso de Drogas Psicotrópicasno Brasil realizado em 2005 (CARLINI et al, 2005). Segundo os dados apresentados,o uso de cocaína teve um aumento de 0,4% (prevalência anual) em 2001, para 0,7%em 2005. Houve, também, evidente aumento no uso de maconha em países daAmérica do Sul: sete países mostraram incremento no uso, em 2005, apenas umpaís registrou queda no consumo e nove deles descreveram a situação comoestável. Os dados apresentados no Brasil apontam para uma ascensãoconsiderável: a prevalência anual de maconha aumentou de 1% em 2001 para 2,6%em 2005.Entre adolescentes inseridos numa realidade econômica menos favorecida,a presença marcante do tráfico acaba por influenciar suas escolhas. A droga perdeseu caráter romântico de servir como veículo para o encontro com o divino, ou deser usada como manifestações reacionárias, passando a assumir uma realidadetrágica, cruel e “sangrenta”, vez que está, diretamente, relacionada ao aumentoexponencial da criminalidade. Podemos destacar a expansão do mercado decocaína e do crack, que provocam uma forte compulsão para o uso, envolvendo ousuário numa trajetória que, quase invariavelmente, termina com a perversacombinação de exclusão social, cadeia e morte violenta (ZALUAR, 1996).11

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