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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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por ordenar as funções mentais, enquanto que ao vinho, de certa maneira, cabiaperturbá-las; além disso, o ópio proporciona serenidade e harmonia a todas asfaculdades, ativas ou passivas; enquanto que o vinho embaçava, confundia osjulgamentos, além de exaltar os amores e ódios do bebedor. (DE QUINCEY, 2001).Ele negava as três principais afirmações da comunidade científica da época arespeito do ópio: o fato de provocar intoxicação; de produzir depressão no diaseguinte; e o torpor que se acreditava acompanhar a prática da ingestão de ópio.Quanto à última, afirmava que, evidentemente, o ópio por estar classificado comoum entorpecente poderia ocasionar, ao final do uso, tais reações, contudo osprimeiros efeitos do ópio, para ele, eram estimular e excitar o sistema. “Esseprimeiro estágio de seus efeitos prolongou-se, durante minha iniciação, por mais deoito horas [...] até que o peso da influência narcótica saia sobre seu sono” (DEQUINCEY, 2001, p. 87).Que diferença haveria entre De Quincey, que esperava as “noites deóperas” cantadas por Grassini para consumir ópio, no inicio de seu uso, e os jovensestupefatos e ansiosos para curtirem os finais de semana, fazendo uso de altasdoses de êxtase ao som de música eletrônica, como veremos a seguir?2.3 – O Abuso de drogas sintéticas: uma extrapolação dos limitesdo corpo“O Brasil está sendo consolidado como potência emergente nomercado mundial de drogas sintéticas.” 35Essa foi uma das frases bombásticas divulgada em secção Drogas daRevista Veja, de grande circulação nacional; embora de cunho sensacionalista,como é próprio nesse tipo de meio de comunicação, chama a atenção para oaumento considerável no consumo de mais um veículo intoxicante – as drogassintéticas. No período de uma semana, tivemos acesso a duas reportagens,divulgando a nova forma de ecstasy entre jovens de classes média e alta. Os artigos35 VEJA, DROGAS. Edição 1993, ano 40 - nº. 4. 31 de janeiro de 2007. Ed. Abril.66

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