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Isabela Arteiro_dissert.pdf - Unicap

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(1999). Na perspectiva de Laplanche e Pontalis (1992, p. 348) temos que, o prazerde órgão trata-se da:Modalidade de prazer que caracteriza a satisfação auto-erótica da pulsõesparciais: a excitação de uma zona erógena acha o seu apaziguamento nopróprio lugar em que se produz, independentemente da satisfação dasoutras zonas e sem relação direta com a realização de uma função.Nesse sentido, o prazer de órgão corresponde ao prazer imediato, oriundode uma zona erógena, ou de um órgão na qual há tensão e descarga, mas cujasatisfação por ser auto-erótica, logo é satisfeita. Na imediaticidade do corpo, o Trieb(pulsão) liga-se ao Lust (prazer), produzindo, através de uma forma parcial, o prazerdireto. Em se tratando disso, nos questionamos como é que um prazer vivenciadopode despertar excitação ao invés de descarga. Freud nos oferece a resposta comcaracterísticas do pré-prazer, ou seja, por um lado experimenta um prazer parcial epor outro está em busca do prazer final. Ocorre uma progressiva excitação que vaipreparando o corpo para o orgasmo completo. É, nesse sentido, que o pré-prazer,mesmo sendo vivenciado como experiências prazerosas, é causador de desprazer,devido ao aumento da tensão libidinal, que só são apaziguados quando atingem aexperiência orgástica.O pré-prazer provindo de uma remoção de estímulos internos por estímulosexternos é o que, em português, seria designado por tesão e liga-se aospreliminares. O prazer de alívio resultante da remoção retardada deestímulos desagradáveis, em português, seria designado geralmente comogozo e liga-se ao orgasmo (HANNS, 1999, p. 64, grifo nosso).Ainda nos Três Ensaios..., mais especificamente na seção O Mecanismo dopré-prazer, conseguimos uma maior clareza com a subdivisão que Freud faz: oprazer advindo da excitação das zonas erógenas – designado de pré-prazer e oprazer produzido pela expulsão de substâncias sexuais – o prazer final ou prazer desatisfação sexual. É nesse momento que Freud nos oferece um esclarecimento aocomparar o pré-prazer àqueles que já puderam ser produzidos, se bem que emmenor escala, pela pulsão sexual infantil – o prazer de órgão.Outra hipótese provisória de que não podemos furtar-nos na teoria daspulsões afirma que os órgãos do corpo fornecem dois tipos de excitação,baseados em diferenças de natureza química. A uma dessas classes deexcitação designamos como a que é especificamente sexual, e referimo-nos76

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