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21394 - UMA BREVE HISTÓRIA DA LINGUAGEM ... - Weebly

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Os registros hierárquicos do uso da língua — sacro, real,<br />

profissional, oficial, militar, civil, familiar e íntimo — competem uns<br />

com os outros e com a fala usada por gerações precedentes e<br />

sucessoras em todas as línguas do mundo. Mesmo assim, a<br />

comunicação resiste e a língua continua a prosperar.<br />

As causas das mudanças linguísticas são tão variadas e<br />

intrincadas quanto a vida pessoal de cada falante: contato estrangeiro,<br />

bilingualismo, substratos, língua escrita, e o próprio sistema<br />

fonológico que sempre busca a simetria, entre outras causas. 6 Nos<br />

últimos 200 anos uma das grandes causas de mudanças foi a<br />

urbanização sem precedentes. Em 1790, apenas um em cada vinte<br />

norte-americanos vivia em cidades; em 1990, apenas um em cada 40<br />

vivia numa fazenda. Agora, o Terceiro Mundo está experimentando<br />

uma revolução urbana semelhante, erradicando não apenas línguas,<br />

mas famílias linguísticas inteiras. A inversão dos padrões tradicionais<br />

de povoamento humano provocou inumeráveis revoluções<br />

linguísticas, uma 'pontuação' que causa inovações, nivelamento de<br />

dialetos e mesmo substituição da língua. Em contraste, durante um<br />

alongado período de equilíbrio que pode durar milhares de anos, a<br />

difusão areai pode muito bem ser um fator principal de mudança<br />

linguística.<br />

A tecnologia recente introduziu uma dimensão totalmente nova<br />

à dinâmica da mudança linguística: telefone, rádio, cinema e<br />

televisão. Pela primeira vez na história da humanidade estamos<br />

ouvindo sem 'ver', de modo que um elemento tão primitivo do<br />

discurso—o gesto — está ausente na comunicação não visual, embora<br />

ao falar ao telefone, os italianos ainda gesticulem, os japoneses ainda<br />

se curvem e todos nós sorrimos e franzimos as sobrancelhas, como se<br />

nosso interlocutor estivesse presente, tão ligado está o gesto à fala.<br />

Acreditava-se em tudo que saía da máquina, disse o ator, diretor e<br />

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