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21394 - UMA BREVE HISTÓRIA DA LINGUAGEM ... - Weebly

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quase invariavelmente acarreta a substituição pela língua<br />

metropolitana. Línguas verdadeiramente minoritárias, ou seja, aquelas<br />

faladas por cerca de 20.000 pessoas ou menos, dependentes das<br />

circunstâncias, só conseguem ser preservadas por meio do total<br />

isolamento. Qualquer outro meio significa uma aniquilação certa.<br />

Não apenas as línguas estão sendo perdidas numa velocidade<br />

sem precedentes. Os dialetos também estão desaparecendo. Todos os<br />

dialetos regionais de línguas ouvidas em transmissões midiáticas estão<br />

se rendendo ao dialeto prestigiado que os centros governamentais ou<br />

corporativos escolheram para serem representados pela mídia<br />

(normalmente o dialeto da própria classe governante). É um<br />

nivelamento da variedade linguística comparável ao desmatamento<br />

das florestas tropicais. Além disso, desde o início do século dezenove,<br />

a instrução também é tradicionalmente transmitida na língua<br />

prestigiada de uma nação e no dialeto prestigiado desta língua. Isso<br />

resultou, do mesmo modo, numa grande uniformidade da fala, como,<br />

mais comumente, impuseram os modos 'prescritivos'.<br />

A maioria das tentativas de salvar línguas ameaçadas falhou. Às<br />

vezes argumenta-se que manter a variedade linguística é tão essencial<br />

para a humanidade quanto manter a diversidade da flora e da fauna,<br />

com o intuito de evitar um mundo culturalmente esvaziado. 40 Porém,<br />

cada cultura muda para se adaptar e sobreviver; isso não é perda, é<br />

evolução social. Há muito mais linguistas estrangeiros entusiasmados<br />

em salvar línguas ameaçadas do que dentro das comunidades que as<br />

falam. Para propósitos científicos, as línguas ameaçadas precisam ser<br />

documentadas em descrições formais, sem demora e com todos os<br />

recursos disponíveis. Mas elas não podem ser salvas.<br />

Uma vez mortas, as línguas também não podem ser<br />

'ressuscitadas'. Não há um Lázaro entre as línguas. Frequentemente<br />

ouve-se que<br />

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