Texto completo em PDF - Museu da Vida
Texto completo em PDF - Museu da Vida
Texto completo em PDF - Museu da Vida
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
117<br />
Resposta: A bebi<strong>da</strong> alcoólica pode acarretar várias doenças e probl<strong>em</strong>as na gestação<br />
de um bebê, como probl<strong>em</strong>as no crescimento do feto ou até mesmo <strong>da</strong> criança<br />
quando estiver no seu crescimento normal até a fase adulta. Pode levar a criança a ser<br />
retar<strong>da</strong><strong>da</strong> ou deixar com abalos mentais ou psicológicos e com dificul<strong>da</strong>de de<br />
aprendizag<strong>em</strong> e relacionamento.<br />
b) Indique a chance de ocorrer uma doença no bebê pelo uso de álcool na gravidez.<br />
Resposta: Sobre as chances de ocorrer esses probl<strong>em</strong>as, ain<strong>da</strong> não se sabe qual a<br />
quanti<strong>da</strong>de de álcool a ser ingerido, mas 50% desses casos [de uso de álcool na<br />
gravidez] apresentaram probl<strong>em</strong>as ou doenças.<br />
A resposta ao it<strong>em</strong> “a” <strong>da</strong> questão acima, <strong>em</strong>bora não seja precisa, está relativamente<br />
correta. Quanto ao it<strong>em</strong> “b”, apenas uma parte <strong>da</strong> resposta está correta – a que fala na<br />
quanti<strong>da</strong>de de álcool ingerido na gravidez que pode gerar probl<strong>em</strong>as no feto – mas o<br />
percentual de casos que apresentam probl<strong>em</strong>as foi “inventado” pelo “Aluno 2”, pois o texto<br />
do box ao final <strong>da</strong> reportag<strong>em</strong> de Liliane Castelões diz que “entre os filhos de mães<br />
alcoolistas estima-se que 30% a 40% dos recém nascidos venham a apresentar a doença<br />
[Síndrome Alcoólica Fetal]”. No estágio <strong>em</strong> que estava nesse primeiro exercício de leitura – e<br />
que se confirmou posteriormente no exercício de escrita sobre o mesmo t<strong>em</strong>a –, esse “Aluno<br />
2” chegava apenas a cumprir a tarefa exigi<strong>da</strong>, s<strong>em</strong> ir além <strong>em</strong> termos de aprofun<strong>da</strong>mento <strong>da</strong><br />
discussão.<br />
Conclusão<br />
Essa experiência pe<strong>da</strong>gógica com a leitura de matérias sobre saúde mostra que é<br />
possível um certo nivelamento entre o consumo <strong>da</strong> informação científica e a sua efetiva<br />
compreensão, levando-se s<strong>em</strong>pre <strong>em</strong> conta que pode haver diferentes níveis de compreensão,<br />
dependendo <strong>da</strong>s individuali<strong>da</strong>des de ca<strong>da</strong> leitor. O trabalho para que o “Aluno 2” e os colegas<br />
<strong>em</strong> condição s<strong>em</strong>elhante – que tenham aderido ou não à tarefa extra – chegass<strong>em</strong> a uma<br />
competência plena enquanto leitores e autores de textos e foss<strong>em</strong> capazes de elaborar<br />
reflexões maduras e de assumir uma postura consciente e crítica frente a textos <strong>da</strong> mídia<br />
(cf. ABAURRE & CHARNET, 2000) teria que passar, s<strong>em</strong> dúvi<strong>da</strong>, pela prática regular <strong>da</strong><br />
leitura e <strong>da</strong> releitura de textos, e pela prática <strong>da</strong> escrita e <strong>da</strong> reescrita – que apesar do nosso