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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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sobre clonag<strong>em</strong> também inclui outras “vozes” na construção de seu texto e as usa para<br />

reforçar sua argumentação.<br />

(Resenha 2 - Fragmento 9)<br />

Penso ser oportuno esclarecer que, para John McCarthy ... , criador do termo<br />

inteligência artificial, o conceito de inteligência artificial deve ser compreendido como<br />

a ciência e a engenharia aplica<strong>da</strong>s à elaboração de máquinas inteligentes ... e, entre<br />

seus objetivos, está atingir o mesmo nível <strong>da</strong> inteligência humana. (grifo meu)<br />

No fragmento acima, Glacy de Roure recorre ao criador do termo que dá título ao<br />

filme de Spielberg e Kubrick que ela está resenhando. O discurso <strong>da</strong> divulgação científica,<br />

como a resenha aqui <strong>em</strong> questão, “usando o discurso científico como uma fonte váli<strong>da</strong> e<br />

legítima, constrói um discurso que não parece querer esconder o trabalho do ‘eu’ atrás <strong>da</strong><br />

cortina <strong>da</strong> objetivi<strong>da</strong>de, mas que até o mostra <strong>em</strong> vias de se produzir” (ZAMBONI, 1997,<br />

p. 48). Conforme já observamos acima, a autora <strong>da</strong> resenha faz questão de explicitar seu<br />

trabalho enquanto sujeito que <strong>em</strong>ite opinião, e ela o faz recorrendo a fontes científicas que<br />

confer<strong>em</strong> autori<strong>da</strong>de às afirmações usa<strong>da</strong>s para reforçar a sua argumentação. No fragmento<br />

que ver<strong>em</strong>os adiante, a autora <strong>da</strong> resenha dá força às afirmações de Rodney Brooks<br />

seleciona<strong>da</strong>s para a composição de seu texto, ao mencionar a instituição à qual ele se vincula<br />

e o cargo que nela ocupa. Como a divulgação científica é<br />

um discurso de transmissão de informações especializa<strong>da</strong>s, a voz dos cientistas e <strong>da</strong><br />

ciência adquire uma feição argumentativa nesse gênero, porque imprime um caráter<br />

de autori<strong>da</strong>de e serie<strong>da</strong>de ... para o que contribui, com certeza, a explícita nomeação<br />

dos personagens do mundo científico, com sua titulação, filiação a instituições,<br />

liderança de pesquisa, etc (ZAMBONI, id<strong>em</strong>, p. 82).<br />

O fragmento abaixo ilustra esse “caráter de autori<strong>da</strong>de e serie<strong>da</strong>de” apontado por<br />

Zamboni, que Glacy de Roure utiliza para reforçar seus argumentos.<br />

(Resenha 2 - Fragmento 10)<br />

Rodney Brooks ... , diretor do Laboratório de Inteligência Artificial do MIT<br />

[Massachusetts Institute of Technology], para a produção do filme A.I., afirma: “Em<br />

20 ou 30 anos, ter<strong>em</strong>os capaci<strong>da</strong>de tecnológica para construir um robô com a mesma<br />

quanti<strong>da</strong>de de computação do cérebro humano ...”. Entretanto, ele esclarece: “A maior<br />

parte dos robôs que ir<strong>em</strong>os construir não terá vontade própria”. (grifo meu)<br />

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