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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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(Resenha 1 - Fragmento 7)<br />

A permanência de visões parciais e limita<strong>da</strong>s sobre as condições de vi<strong>da</strong> dos escravos,<br />

inaugura<strong>da</strong>s por viajantes estrangeiros como Ribeyrolles, vigoraram no meio<br />

acadêmico até o final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 70 ... No primeiro capítulo, Robert Slennes<br />

apresenta a evolução destas idéias e teorias, de maneira bastante inteligível para o<br />

público leigo, passando por autores clássicos como Gilberto Freyre e Caio Prado<br />

Júnior, além de intelectuais estrangeiros. No segundo capítulo, ele inicia efetivamente<br />

um contra-ataque. (grifos meus)<br />

No fragmento acima, Chiozzini descreve a estrutura <strong>da</strong> parte inicial do livro de<br />

Slennes, que dedica o primeiro capítulo à apresentação <strong>da</strong>s teorias de historiadores com<br />

“visões parciais e limita<strong>da</strong>s” acerca <strong>da</strong> escravidão, às quais ele irá se contrapor no segundo<br />

capítulo. Segundo o autor <strong>da</strong> resenha, Slennes o faz “de maneira bastante inteligível para o<br />

público leigo”. Essa afirmação também é um juízo de valor como os que apresentamos acima,<br />

na análise dos primeiros fragmentos, e a ex<strong>em</strong>plo destes, também buscam “seduzir” o leitor<br />

não familiarizado com questões historiográficas. Chiozzini, ao apresentar os capítulos iniciais<br />

do livro de Slennes, o posiciona ideologicamente <strong>em</strong> condição de “contra-ataque” <strong>em</strong> relação<br />

aos autores que correspond<strong>em</strong> acad<strong>em</strong>icamente à continui<strong>da</strong>de <strong>da</strong> visão que viajantes<br />

estrangeiros como Ribeyrolles tinham dos escravos.<br />

(Resenha 1 - Fragmento 8)<br />

Mas qual seria o significado <strong>da</strong> formação e “durabili<strong>da</strong>de” dessas famílias [de<br />

escravos]? Essa questão permite o diálogo direto de Slennes com outros historiadores<br />

que admit<strong>em</strong> a formação <strong>da</strong> família escrava [como Manolo Florentino, José Roberto<br />

Góes e Hebe Mattos]. (grifo meu)<br />

Chiozzini, após mencionar os autores aos quais Slennes se opõe, apresenta nesse<br />

trecho de sua resenha alguns historiadores que, a ex<strong>em</strong>plo do autor do livro resenhado, não<br />

concor<strong>da</strong>m que a vi<strong>da</strong> <strong>em</strong> cativeiro desestruturasse as relações familiares dos escravos. Nesse<br />

fragmento, o autor <strong>da</strong> resenha usa a expressão proposta por BAKHTIN (1997) para designar a<br />

referência – explícita ou implícita – que uma uni<strong>da</strong>de complexa <strong>da</strong> comunicação verbal (como<br />

a obra científica) faz a outra uni<strong>da</strong>de já existente: “diálogo”. Abaixo, ver<strong>em</strong>os que além <strong>da</strong><br />

recuperação <strong>da</strong>s relações dialógicas que aparec<strong>em</strong> na obra que está sendo resenha<strong>da</strong>, outras<br />

formas de diálogo também aparec<strong>em</strong> nesse gênero. A autora <strong>da</strong> resenha publica<strong>da</strong> na edição<br />

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