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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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No ex<strong>em</strong>plo (2) abaixo, o discurso jornalístico suprime a informação sobre um<br />

processo descrito no discurso científico e retém apenas o resultado desse processo, apontando<br />

<strong>em</strong> segui<strong>da</strong> um possível uso <strong>da</strong> toxina <strong>em</strong> tratamento de doença.<br />

DC (2): “As toxinas do tipo 1 caracterizam-se por ligar<strong>em</strong>-se especificamente aos<br />

canais de sódio, retar<strong>da</strong>ndo sua inativação durante a transdução de sinal e, dessa<br />

forma, estimulando fort<strong>em</strong>ente a contração do músculo cardíaco <strong>em</strong> mamíferos”<br />

DJ (2): “caracterizado como uma toxina que estimula fort<strong>em</strong>ente a contração do<br />

músculo cardíaco <strong>em</strong> mamíferos”<br />

No ex<strong>em</strong>plo (3) abaixo, além <strong>da</strong> supressão de termos científicos s<strong>em</strong>elhantes aos do<br />

ex<strong>em</strong>plo (1) e de processos descritos cientificamente como o do ex<strong>em</strong>plo (2), o discurso<br />

jornalístico revela uma escolha de termos, dentre pares de adjetivos – “ativi<strong>da</strong>de inflamatória<br />

e ed<strong>em</strong>atogênica”, “peptídeos h<strong>em</strong>olíticos e antimicrobianos” –, que não se restrig<strong>em</strong> ao<br />

discurso científico.<br />

DC (3): “A espectrometria de massa permitiu também caracterizar um peptídeo<br />

(lepto<strong>da</strong>ctilina) com potente ativi<strong>da</strong>de inflamatória e ed<strong>em</strong>atogênica, isolado <strong>da</strong><br />

pele <strong>da</strong> rã brasileira Lepto<strong>da</strong>ctylus penta<strong>da</strong>ctylus. Este apresentou similari<strong>da</strong>de de<br />

seqüência com peptídeos h<strong>em</strong>olíticos e antimicrobianos isolados <strong>da</strong> pele de outras<br />

espécies de rãs, b<strong>em</strong> como com proteínas ligantes de ferormônio isola<strong>da</strong>s de<br />

insetos e com proteínas repressoras transcricionais reguladoras de apoptose <strong>em</strong><br />

mamíferos.”<br />

DJ (3): “Segundo o pesquisador, a espectrometria de massa também permitiu<br />

caracterizar um peptídeo <strong>da</strong> pele <strong>da</strong> rã brasileira Lepto<strong>da</strong>ctylus penta<strong>da</strong>ctylus, que<br />

t<strong>em</strong> potente ativi<strong>da</strong>de inflamatória. Este peptídeo apresentou similari<strong>da</strong>de de<br />

seqüência com peptídeos antimicrobianos <strong>da</strong> pele de outras espécies de rã.”<br />

No ex<strong>em</strong>plo (4) abaixo, extraído dos textos que tratam de medicamentos para<br />

supressão <strong>da</strong> menstruação, o discurso jornalístico omite o mecanismo de funcionamento do<br />

contraceptivo. Vale observar que a notícia <strong>em</strong> questão não é sobre uma pesquisa<br />

farmacológica e sim sobre uma pesquisa que analisa o discurso envolvendo os tais<br />

medicamentos contraceptivos.<br />

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