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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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menos restrito, como no caso do texto de Beiguelman – será s<strong>em</strong>pre mais amplo do que o<br />

público de um artigo científico, formado pelos pares do autor.<br />

A principal singulari<strong>da</strong>de desse gênero do discurso é o fato de ser<strong>em</strong> os autores dos<br />

textos as próprias autori<strong>da</strong>des no assunto que abor<strong>da</strong>m. BUENO (1984, p. 65) observa que no<br />

gênero artigo, <strong>em</strong> jornalismo científico, “qu<strong>em</strong> comenta são geralmente os grandes nomes <strong>da</strong><br />

ciência e <strong>da</strong> tecnologia, aqueles que têm maior credibili<strong>da</strong>de e que, junto ao público, já estão<br />

legitimados como especialistas”. Como apontamos na análise dos dois artigos que compõ<strong>em</strong> o<br />

corpus, não há nesses textos a incorporação do discurso direto de outras fontes, já que no caso<br />

dos artigos de divulgação científica, quando o autor é um cientista <strong>da</strong> área abor<strong>da</strong><strong>da</strong> como<br />

t<strong>em</strong>a, ele supostamente está “autorizado” (cf. MAINGUENEAU, 1987) a falar sobre o<br />

assunto, s<strong>em</strong> precisar recorrer terceiros.<br />

O texto de Bernardo Beiguelman, <strong>em</strong> particular, apresenta ain<strong>da</strong> uma outra<br />

particulari<strong>da</strong>de liga<strong>da</strong> ao meio de comunicação no qual ele é publicado – uma de suas<br />

principais condições de produção. MACEDO (2002, p. 35) diz que “para o grande público, a<br />

Internet facilitou o acesso a informações <strong>da</strong> pesquisa científica”, e <strong>em</strong> relação a publicações<br />

que possu<strong>em</strong> versões digitais, como Ciência Hoje e Pesquisa Fapesp, essa autora afirma que<br />

“o hipertexto estimula a criação de matérias de divulgação científica mais elabora<strong>da</strong>s,<br />

incluindo documentos não reproduzidos na versão <strong>em</strong> papel dessas revistas” (id<strong>em</strong>, p. 238).<br />

Ao final do artigo “Na<strong>da</strong> contra a clonag<strong>em</strong>”, há um box intitulado “Para saber mais:”, que<br />

além de indicar a leitura de um livro do próprio Beilguelman – o que não é incomum ao final<br />

de artigos de divulgação científica – faz um link para uma versão do livro <strong>em</strong> formato <strong>PDF</strong>,<br />

disponível gratuitamente na Internet.<br />

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