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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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do brasileiro também aumentou. No entanto, essa é a única pesquisa de abrangência nacional<br />

disponível na literatura sobre a percepção pública do brasileiro <strong>em</strong> relação a ciência e<br />

tecnologia. Um trabalho recente promovido pela Rede Ibero-Americana de Indicadores de<br />

Ciência e Tecnologia envolveu a aplicação de um questionário mais amplo sobre percepção<br />

pública <strong>da</strong> ciência <strong>em</strong> determina<strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des de quatro países: Argentina, Brasil, Espanha e<br />

Uruguai. No livro que apresenta os resultados dessa pesquisa, VOGT & POLINO (2003,<br />

p. 131) afirmam que<br />

a comunicação social <strong>da</strong> ciência, <strong>em</strong>bora decisiva para legitimar a prática científica na<br />

socie<strong>da</strong>de – questão que, de fato, adquire singular relevância nas socie<strong>da</strong>des<br />

periféricas –, constitui, ao mesmo t<strong>em</strong>po, um traço distintivo <strong>da</strong> cultura moderna,<br />

científica e tecnologicamente orienta<strong>da</strong>, sujeita a interesses de natureza diversa (desde<br />

o debate para instalar uma tecnologia até a d<strong>em</strong>ocratização <strong>da</strong> ciência).<br />

No Brasil, essa pesquisa sobre percepção pública <strong>da</strong> ciência foi realiza<strong>da</strong> pelo<br />

Laboratório de Estudos Avançados <strong>em</strong> Jornalismo (Labjor) <strong>da</strong> Universi<strong>da</strong>de Estadual de<br />

Campinas (Unicamp), com a aplicação do questionário junto a 162 moradores <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de<br />

Campinas (SP). O resultado mostra que 56,2% dos entrevistados consom<strong>em</strong> ocasionalmente<br />

informação científica <strong>em</strong> revistas especializa<strong>da</strong>s. Em jornais, esse índice de consumo<br />

ocasional de informação científica é de 45,1% dos entrevistados; e <strong>em</strong> televisão, chega a<br />

58,6%. Contudo, a soma dos entrevistados que se consideram pouco ou na<strong>da</strong> informados no<br />

que se refere a ciência e tecnologia alcança 71% do total. Esse estudo representa um bom<br />

indicativo a ser considerado por veículos de divulgação científica, <strong>em</strong>bora não tenha a mesma<br />

representativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> pesquisa realiza<strong>da</strong> pelo Gallup <strong>em</strong> 1987, que, para saber o que o<br />

brasileiro adulto pensa <strong>da</strong> ciência e <strong>da</strong> tecnologia, utilizou uma amostrag<strong>em</strong> s<strong>em</strong>elhante às<br />

pesquisas sobre intenção de voto <strong>em</strong> período eleitoral.<br />

Em relação à Internet, que t<strong>em</strong> um número de usuários maior a ca<strong>da</strong> ano no Brasil e no<br />

mundo, pode-se considerá-la como uma nova mídia com possibili<strong>da</strong>de de ampliar ain<strong>da</strong> mais<br />

o alcance a informações sobre descobertas científicas. Segundo a 4ª Pesquisa Cadê/IBOPE<br />

sobre o perfil do internauta brasileiro, até 1999, a maior parte dos usuários <strong>da</strong> Internet tinha<br />

entre 15 e 29 anos (68%) e era do sexo masculino (63%). A maioria tinha alto poder<br />

aquisitivo (59%), com ren<strong>da</strong> familiar entre 10 e 50 salários mínimos. Os mesmos <strong>da</strong>dos<br />

mostravam que grande parte dos usuários <strong>da</strong> rede mundial de computadores (57%) se<br />

concentrava nos três estados mais ricos e populosos do país: São Paulo, Rio de Janeiro e<br />

Minas Gerais.<br />

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