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Texto completo em PDF - Museu da Vida

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(Resenha 1 - Fragmento 2)<br />

A existência do “fogo doméstico”, mantido dentro <strong>da</strong> habitação, também ganha novos<br />

sentidos, de acordo com os hábitos africanos ... [o fogo] estava relacionado a uma<br />

série de rituais e crenças cuja descrição, além de fun<strong>da</strong>mentar o argumento do autor,<br />

tornam a leitura <strong>da</strong> obra extr<strong>em</strong>amente reveladora e instigante. (grifo meu)<br />

No fragmento acima, a opinião do autor <strong>da</strong> resenha acerca do livro resenhado t<strong>em</strong><br />

como objetivo a sedução do leitor leigo (ou não especializado <strong>em</strong> história), para despertar o<br />

seu interesse pelo livro de Slennes. Helena BRANDÃO (1995, p. 12) diz que “a linguag<strong>em</strong><br />

enquanto discurso não constitui um universo de signos que serve apenas como instrumento de<br />

comunicação ou suporte de pensamento”, pois para ela, “a linguag<strong>em</strong> enquanto discurso é<br />

interação, e um modo de produção social”. De acordo com BRANDÃO (id<strong>em</strong>, p. 10), “o<br />

interlocutor não é um el<strong>em</strong>ento passivo na constituição do significado”, e “essa visão <strong>da</strong><br />

linguag<strong>em</strong> como interação social, <strong>em</strong> que o Outro des<strong>em</strong>penha um papel fun<strong>da</strong>mental na<br />

constituição do significado, integra todo ato <strong>da</strong> enunciação individual num contexto mais<br />

amplo, revelando as relações intrínsecas entre o lingüístico e o social”. Daniel Chiozzini, ao<br />

explicitar o juízo de valor apresentado no fragmento acima, certamente tinha <strong>em</strong> vista essa<br />

interação social com um determinado perfil de leitor “virtual” (cf. CORACINI, 1991).<br />

(Resenha 1 - Fragmento 3)<br />

... o autor proporciona ao público mais amplo, um contato com questões teóricas e<br />

metodológicas que envolv<strong>em</strong> o trabalho do historiador. Nos textos acadêmicos, <strong>em</strong><br />

geral, isso costuma ficar nas entrelinhas. A grandeza <strong>da</strong> obra também está, desse<br />

modo, na sua narrativa. (grifo meu)<br />

As principais idéias dos fragmentos anteriores são retoma<strong>da</strong>s e sintetiza<strong>da</strong>s nesse<br />

terceiro fragmento, que encerra o texto de Chiozzini. Nessa resenha, ele apresenta ao público<br />

<strong>da</strong> revista ComCiência um produto cultural (cf. MELO, 1983, p. 148), que interessa tanto a<br />

historiadores – por ser uma “grande referência” para o entendimento do assunto “escravidão”<br />

– quanto “ao público mais amplo”, para o qual Slennes proporciona, segundo Chiozzini, o<br />

contato com questões acadêmico-historiográficas através de uma narrativa “reveladora e<br />

instigante”.<br />

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