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O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

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Na Grécia Antiga existiam os paidagogoí 452 , eles eram responsáveis por<br />

guiar as crianças até a escola onde recebiam o ensi<strong>no</strong> das primeiras letras, os<br />

aprendizes sentavam-se aos seus pés para ouvirem seus ensinamentos.<br />

No século XVI quando iniciou a transformação dos sentimentos com relação<br />

as crianças tratadas anteriormente com indiferença e paparicação, a escola passou<br />

a ser considerada lugar de grande relevância para o desenvolvimento da criança.<br />

Nesta época a escola passou a se reestruturar com a função disciplinar e instrutiva.<br />

No século XVIII a ideia singular sobre a criança já está mais bem estabelecida.<br />

O fi lósofo genebria<strong>no</strong> J. J. Rousseau investe <strong>no</strong> estudo para comprovar a<br />

importância da infância <strong>no</strong> ser huma<strong>no</strong>; é dele a afi rmação que a criança não é um<br />

adulto em miniatura, mas na infância temos o melhor de nós, onde estamos com<br />

os corações puros e abertos ao cultivo de semente boa para frutos bons. A infância<br />

é uma época especial e única de cada ser huma<strong>no</strong>.<br />

Para Kishimoto (1998) 453 , as ideias de Rousseau na França, permitiu que<br />

se criassem inúmeros brinquedos educativos. Esses brinquedos eram usados por<br />

crianças defi cientes, posteriormente foram usados por crianças <strong>no</strong>rmais.<br />

Segundo Kishimoto (1993, p.15)454, a tradicionalidade e a universalidade<br />

dos jogos assentam-se os povos distintos e antigos como os da Grécia e Oriente:<br />

brincavam de amarelinha, de empinar papagaio, jogar pedrinhas e até hoje<br />

as crianças o fazem quase da mesma forma. Esses jogos foram transmitidos de<br />

geração em geração através de conhecimentos empíricos e continuam na memória<br />

das crianças.<br />

O brincar na educação: uma trajetória diferente<br />

Brincar é fundamental à saúde mental, emocional, física e intelectual do ser<br />

huma<strong>no</strong>. O brincar faz parte da vida das crianças permitindo o exercício de sua<br />

imaginação, a manifestação de suas necessidades e interesses em relação ao mundo,<br />

possibilita a interação com o universo dos adultos, a expressão da forma como<br />

ela imagina, sente, fantasia, refl ete seus desejos, seus medos, sua agressividade<br />

e revela os conhecimentos que vai construindo em suas experiências cotidianas.<br />

Para as crianças, brincar é assimilar o meio em que vive, é interpretá-lo a<br />

seu modo e a partir das ferramentas de que dispõem, é integrar-se por necessidade<br />

452 Os “paidagogoí” eram escravos que acompanhavam os fi lhos de seus senhores em<br />

diversos locais e signifi ca “aquele que guia a criança”.<br />

453 KISHIMOTO, T. M. (1998, junho). Teorias, pesquisas e organizações que valorizam<br />

o jogo na educação pré-escolar; o exemplo da brinquedoteca. Cader<strong>no</strong>s do EDM, FEUSP,<br />

2(2).<br />

454 KISHIMOTO, T. M. (1999). Brincadeiras na educação [Entrevista concedida a Luís<br />

Barco <strong>no</strong> programa de Televisão Terceiro Milênio - Rede Vida]. São Paulo.<br />

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