O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

Recommendations

Info

perneta. 538 DAIMON DO BEM Não é hora para se falar disso. DAIMON DO MAL Tá vendo como é que ela resolve, simplesmente foge. Deixa de ser covarde seu gafanhoto zanôi. DAIMON DO BEM Então, vamos trabalhar em equipe. DAIMON DO MAL Trabalhar em equipe... Sabe contar não é? Tá vendo que nós somos uma só, sua barata desantenada. DAIMON DO BEM Está bem, pois vamos pensar em algo que nos possa ou possa me ajudar a sair desse sufoco. DAIMON DO MAL Sufoco, sufoco quem passa é eu, por ter de te aturar no mesmo corpo. Quer sair não? É vai enfi ar peido em buraco de agulha. DAIMON DO BEM O único jeito que eu, fi lha do deus dos deuses, tenho para sair dessa situação é explicando tudo pro Menelau de um modo divino. DAIMON DO MAL Explicar pro Menelau, tu acha que depois de tudo que aconteceu, ele ou qualquer outra pessoa vai acreditar em uma palavra que tu disseres? Deixa de ser ingênua calango aceso. DAIMON DO BEM Tem que ter algum jeito pra eu me redimir. 538 Alusão ao raciocínio justo e raciocínio injusto presentes na obra As Nuvens de Aristófanes (890); Ver nota 335. 355
DAIMON DO MAL Redimir... É impossível de isso acontecer, tu num acha não, boca de suvela. DAIMON DO BEM Tem de haver um jeito, pois sou inocente. DAIMON DO MAL Sou inocente... É mesmo que nada, se ninguém acredita na gente. Olha a cara de desespero dela, parece o cão chupando manga. DAIMON DO BEM Já não há mais tempo, precisamos nos retratar perante todos. DAIMON DO MAL Já não há mais tempo... O tempo que a gente tem é mais curto do que coice de bacurim. DAIMON DO BEM Não fui o motivo dessa guerra! DAIMON DO MAL Não fui o motivo dessa guerra... E o que foi então, que provocou esse Caos entre tão grandes poderes e resultou nesse longo e sangrento combate? Mesmo que não tenha sido você, ninguém acredita nisso... Suvaco de cobra. DAIMON DO BEM Se pelo menos alguém me escutasse; talvez esse seja um dos meus maiores problemas. DAIMON DO MAL Ser escutada... Quem é que vai querer te escutar, aliás, escutar o que, vou dizer mais uma vez pra ver se você entende, nin-guém vai a-cre-di-tar em vo-cê, desiste, sua desbalançadora de cabeça de calango. DAIMON DO BEM Aí meu Zeus, o que vou fazer; Aí meu Zeus, e agora; Aí meu Zeus parece que não tem saída; Aí meu Zeus, aí meu Zeus, aí meu Zeus. DAIMON DO MAL 356
Page 2:
O Riso no Mundo Antigo Ana Maria C
Page 5 and 6:
Homenagem ao Professor José Alves
Page 7 and 8:
Análise comparativa entre as obras
Page 9 and 10:
Imagens do cômico nas Bacas, de Eu
Page 12 and 13:
A presença do riso na literatura a
Page 14 and 15:
em como a Noite dos Reis ( Twelfth
Page 16 and 17:
sentação do mundo às avessas. Sa
Page 18:
da Raposa e das Uvas. Haverá um qu
Page 21 and 22:
transmitidas, tomamos conhecimento
Page 23 and 24:
ando em relação à forma de condu
Page 25 and 26:
[...] nunca o poeta prescreveu a ab
Page 28 and 29:
Las redes del humor en la comedia d
Page 30 and 31:
palabras, la utilización del humor
Page 32 and 33:
trucción fi cticia que Aristófane
Page 34 and 35:
ción cómica acorde a la naturalez
Page 36 and 37:
y que pongan una tranca a sus culos
Page 38 and 39:
o valerse también de eufemismos: A
Page 40 and 41:
Otros casos de invectiva personal s
Page 42 and 43:
Enumeraciones caóticas: aquí tamb
Page 44:
A través del humor se vehiculiza l
Page 47 and 48:
como um microcosmo. Isto porque, se
Page 49 and 50:
mungango, querendo, que os outros r
Page 51 and 52:
e dos pobres (mas alegres) diabos d
Page 53 and 54:
Porque se não for assim, Não rece
Page 55 and 56:
Pra beber cana também. Terminado o
Page 57 and 58:
meu capitão!/ A como vai vosmicê?
Page 59 and 60:
minha fi lha namorar no claro. Namo
Page 61 and 62:
Menina segura o bode Esse bode quer
Page 63 and 64:
Ia passando em Canindé, passei deb
Page 65 and 66:
Mandei do pinto tratar. Saiu um pin
Page 68 and 69:
Carnavalização e resistência cul
Page 70 and 71:
Georges Minois 89 ; e Hobbes e a te
Page 72 and 73:
A esse respeito, vejamos as seguint
Page 74 and 75:
Levantou-se no outro dia Dizendo a
Page 76 and 77:
alguns cordéis uma insurgência co
Page 78 and 79:
Como se mostra incapaz de erigir um
Page 80 and 81:
desgraça em pilhéria. Assim, pelo
Page 82:
seja, ao invés do riso subversivo
Page 85 and 86:
vulnerabilidade, é sinal inequívo
Page 87 and 88:
comédia nova, as motivações indi
Page 89 and 90:
“Aulo Postúmio provinha de uma c
Page 91 and 92:
a geografi a homérica em seu livro
Page 93 and 94:
Diferentemente dos outros exemplos
Page 96 and 97:
Homero: política, história, fi lo
Page 98 and 99:
que os heróis já contraíam matri
Page 100 and 101:
3. Aspectos Filológicos De antemã
Page 102 and 103:
Conceda-se-lhe também aquilo que s
Page 104 and 105:
A onomástica em Plauto 103 Josenir
Page 106 and 107:
- e a do gr. eu-kleío, “o que es
Page 108 and 109:
comédia Aululária, Plauto, com ce
Page 110 and 111:
A Comédia Latina: Miles Gloriosvs
Page 112 and 113:
cumbido de ornamentar o palco, de o
Page 114 and 115:
gualdade social” 178 . Seu intere
Page 116 and 117:
Seus personagens, de um modo geral,
Page 118 and 119:
de sua fecunda criatividade, tentar
Page 120 and 121:
com medo... É nesta mesma cena ain
Page 122 and 123:
(Miles Gloriosus, 782-800) PAL. Ser
Page 124 and 125:
Palestrião possui o completo contr
Page 126 and 127:
complicadas, de orientar os persona
Page 128 and 129:
Humor e forma: jogos métricos em A
Page 130 and 131:
poesia (Id. 2, 14, 15). Todavia, o
Page 132 and 133:
uror, et in uacuo pectore regnat Am
Page 134 and 135:
sência metapoéticos; revelam não
Page 136 and 137:
A mais famosa descrição das propr
Page 138 and 139:
Plauto: leitor de Díscolo de Menan
Page 140 and 141:
se apaixonou à primeira vista, e,
Page 142 and 143:
isse o tesouro, a fi m de que mais
Page 144 and 145:
desiludisse, mas foi criada com lib
Page 146 and 147:
Análise comparativa entre as obras
Page 148 and 149:
como a ação já está se desenvol
Page 150 and 151:
Na obra latina, temos o avarento qu
Page 152 and 153:
não lhe pertencia? [...] DODÓ - A
Page 154 and 155:
Ironia e riso no Livro I da Repúbl
Page 156 and 157:
Gláuco ao Pireu, para rezar à deu
Page 158 and 159:
tigar o que é a justiça, permitin
Page 160 and 161:
lançado a examinar o que seria mai
Page 162 and 163:
A alma como natureza do homem em Pl
Page 164 and 165:
é belo 251 . Retornamos ao Fédon
Page 166 and 167:
condição de desejar, quer porque
Page 168 and 169:
Uma análise da presença de Eros n
Page 170 and 171:
substituído por Erixímaco na orde
Page 172 and 173:
Sabemos bem que, ouvindo essas cois
Page 174 and 175:
Quem ri de quem na comédia aristof
Page 176 and 177:
de indignação e inveja não pode
Page 178 and 179:
Que insulta a nossa cidade todinha?
Page 180 and 181:
LÂMACO: Como sou desgraçado! DICE
Page 182 and 183:
Deixo a minha luz; não mais sou eu
Page 184 and 185:
A transtextualidade presente nas co
Page 186 and 187:
Tomando como fundamentação teóri
Page 188 and 189:
Todas essas citações desempenham
Page 190 and 191:
como o grande mestre da persuasão
Page 192 and 193:
são hipertexto de obras que são p
Page 194 and 195:
Helena Estas são as correntes do N
Page 196 and 197:
em seus textos. É necessário resg
Page 198 and 199:
Estrepsíades ri de Sócrates em As
Page 200 and 201:
Ao fi nal do século V a.C., perceb
Page 202 and 203:
velho aparece na cama, girando de u
Page 204 and 205:
sobre questões geométricas (vv.17
Page 206 and 207:
jantar na casa do belo Agaton - ter
Page 208 and 209:
As mulheres riem dos homens em Lis
Page 210 and 211:
tre Lampito e Lisístrata havia um
Page 212 and 213:
CONSELHEIRO: Vós a nós? Falas coi
Page 214 and 215:
entanto, saciá-lo. Vejamos o trech
Page 216 and 217:
Como diria Fernández 337 em Lisís
Page 218 and 219:
Lisístrata e a desconstrução da
Page 220 and 221:
felicidade na Terra: “A raça hum
Page 222 and 223:
que, após enfrentarem diversas pro
Page 224 and 225:
tio) inaugura constantemente, e em
Page 226 and 227:
Após convencer as mulheres da vali
Page 228 and 229:
227
Page 230 and 231:
A representação Cômica de uma so
Page 232 and 233:
Texto que foi parafraseado por Freu
Page 234 and 235:
encontra em condição superior a q
Page 236 and 237:
Um momento oportuno, um mote para o
Page 238 and 239:
fadiga. [...] EMBAIXADOR Depois da
Page 240 and 241:
o poeta cria um universo e, neste u
Page 242 and 243:
1. A comédia na Poética Mímesis
Page 244 and 245:
a poesia é mais fi losófi ca e vi
Page 246 and 247:
não dotada de logos: a parte veget
Page 248 and 249:
da presente exposição. Evidenciam
Page 250 and 251:
Aristófanes e As Nuvens: A caricat
Page 252 and 253:
do povo e um homem de ciência ateu
Page 254 and 255:
dos vencedores da Maratona. Hoje en
Page 256 and 257:
Schiller a favor de Aristófanes 41
Page 258 and 259:
algo pode ser identifi cado com a c
Page 260 and 261:
o caráter da mimese cômica. A “
Page 262 and 263:
tempos antes da Guerra do Pelopones
Page 264 and 265:
Lisistrata e o novo papel social da
Page 266 and 267:
que, a jovialidade contava muito pa
Page 268 and 269:
Entre o erudito e o popular: os bic
Page 270 and 271:
Junito Brandão descreve com clarez
Page 272 and 273:
sonagens. Alguns trazem uma estrutu
Page 274 and 275:
A modelagem da criança e o conceit
Page 276 and 277:
O choro era um indicativo de saúde
Page 278 and 279:
pelo médico até a idade de dezoit
Page 280 and 281:
Introdução O Lúdico na educaçã
Page 282 and 283:
Na Grécia Antiga existiam os paida
Page 284 and 285:
cionar que, na Idade Média, o jogo
Page 286 and 287:
O educador é um bom mediador quand
Page 288 and 289:
expressar só que da maneira que se
Page 290 and 291:
de Para Delors (2001. p.101) 465 ,
Page 292 and 293:
que conhecer o signifi cado do brin
Page 294 and 295:
por tamanha desfaçatez. A globaliz
Page 296 and 297:
Ájax e Antígona: o riso na tragé
Page 298 and 299:
coloca em cena um deus que ri de um
Page 300 and 301:
mais comuns. É aí, que situamos o
Page 302 and 303:
hýbris advinda do riso. 301
Page 304 and 305:
Do trágico e do cômico: o process
Page 306 and 307: δισσοὶ στρατηγοὶ
Page 308 and 309: 2 O processo de ridicularização d
Page 310 and 311: ladrão, então, te tornes das inve
Page 312 and 313: ÁJAX: ai! ai! Por que Odisseu e n
Page 314 and 315: Para Ájax, não receber o prêmio
Page 316 and 317: duas qualidades fundamentais para d
Page 318 and 319: go e embaixadores estrangeiros. As
Page 320 and 321: Imagens do cômico nas Bacas, de Eu
Page 322 and 323: uma actualização pobre a que nos
Page 324 and 325: Ambos são vistos como ridículos.
Page 326 and 327: o público que tinham seria ideal,
Page 328 and 329: A sátira do teatro grego antigo na
Page 330 and 331: domínio ideal e sua liberdade poé
Page 332 and 333: adaptações para o cinema, não si
Page 334 and 335: len igualmente atuou e dirigiu. Nel
Page 336 and 337: vez adverte Lenny sobre sua investi
Page 338 and 339: 1. Introdução Apolo e Héracles e
Page 340 and 341: um homem bom e virtuoso, conseguiu
Page 342 and 343: será discutida mais adiante. Final
Page 344 and 345: Apolo - Que dizes? Acaso aprendeste
Page 346 and 347: daste, podemos dizer que na estrutu
Page 348 and 349: Mas, se por um lado, Apolo é o deu
Page 350 and 351: Elogio Cômico de Helena 531 349 Fr
Page 352 and 353: querer. Será que não tinha o seu
Page 354 and 355: Que maldita hora. Que ela vá logo
Page 358 and 359: Para de falar, matraca, isso aqui t
Page 360 and 361: pensar. HELENA É confusão total,
Page 362 and 363: Foi levada a força!? HELENA Sim, a
Page 364 and 365: HELENA Annn...? GÓRGIAS Foste venc
Page 366 and 367: HELENA Não tô entendendo nada. G
Page 368 and 369: Ele mora logo ali, naquele barraco
Page 370 and 371: SÓCRATES Hummm! Mas o que é sabed
Page 372 and 373: MENELAU Seu Sócrates!? SÓCRATES J
Page 374 and 375: Você a deixou escapar, não sabe r
Page 376 and 377: nunciá-lo. MENELAU (Menelau fi ca
Page 378 and 379: O que tá acontecendo com você? ME
Page 380 and 381: Afi rmando que já se tinha sobre e
Page 382: 381
show all

O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?