15.04.2013 Views

O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

O Riso no Mundo Antigo - NUCLAS

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

cionar que, na Idade Média, o jogo era desvalorizado, devido a sua vinculação<br />

com a questão do vício e do jogo a dinheiro, o que o fez ser banido das escolas.<br />

Desse modo, apenas <strong>no</strong> século seguinte, o jogo entrou <strong>no</strong> campo da educação e, de<br />

lá para cá, houve o aparecimento de muitas teorias voltadas para a valorização da<br />

questão do brinquedo e da brincadeira na educação e <strong>no</strong> sistema escolar.<br />

A evolução da Educação Infantil iniciou devido a uma <strong>no</strong>va etapa de<br />

construção de concepções sobre a criança. Na Europa, com o crescimento da<br />

urbanização e a transformação da família, a obrigatoriedade do ensi<strong>no</strong> foi tida<br />

como de extrema importância para o desenvolvimento social, na pré-escola<br />

(jardim de infância) onde o brinquedo e a brincadeira eram o cerne do trabalho<br />

pedagógico.<br />

A criança começou a ser o centro de interesse educativo dos adultos, mas<br />

não acontecia o mesmo com as crianças de baixa renda, para estas era proposto<br />

apenas o aprendizado técnico e piedade. Essa visão infl uiu <strong>no</strong> trabalho dos pioneiros<br />

da educação pré – escolar, como Pestalozzi, Decroly, Froebel e Montessori,<br />

que, buscavam conciliar o suprimento de carinho, afeto a atividades em prol do<br />

seu desenvolvimento, vale salientar que tinham enfoques diferentes, mas concordavam<br />

que a criança possuía características e necessidades diferentes dos adultos.<br />

Apesar desta visão, não se detecta um caráter institucional específico nas<br />

escolas pré-escolares. Froebel contemporizou as idéias de Pestalozzi e orientava<br />

as atividades explorando a espontaneidade por meio do jogo.<br />

No Brasil, o movimento de valorização do brinquedo teve origem, segundo<br />

Kishimoto (1990) 457 , nas pioneiras unidades de jardins de infância instaladas <strong>no</strong><br />

Rio de Janeiro (1875), São Paulo (1877) e Pará (1884) destinadas a educar crianças<br />

de três a seis a<strong>no</strong>s, por intermédio de brinquedos oriundos da pedagogia<br />

fröebeliana.<br />

Dessa forma, nas primeiras décadas do século XX, o brincar ainda era pouco<br />

explorado nas escolas, não havendo, portanto, a ação lúdica na sala de aula, ainda<br />

neste século a Escola Nova impulsiona a Educação Infantil, vive-se um clima de<br />

re<strong>no</strong>vação, de sensibilidade, abrem-se <strong>no</strong>vas perspectivas.<br />

Atualmente, observa Kishimoto (1999) 458 , o brincar está presente na escola<br />

ora com um signifi cado extremamente diretivo, eliminando a liberdade que faz<br />

parte do processo lúdico, ora de uma forma aleatória, improvisada, sem a preocupação<br />

dos educadores, <strong>no</strong> sentido de compreender que nesse brincar há neces-<br />

457 KISHIMOTO, T. M. (1990, junho). Teorias, pesquisas e organizações que<br />

valorizam o jogo na educação pré-escolar; o exemplo da brinquedoteca. Cader<strong>no</strong>s do<br />

EDM, FEUSP, 2(2).<br />

458 KISHIMOTO, T. M. (1999). Brincadeiras na educação [Entrevista concedida a Luís<br />

Barco <strong>no</strong> programa de Televisão Terceiro Milênio - Rede Vida]. São Paulo<br />

283

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!