CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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<strong>CÚPULA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AMÉRICA</strong> <strong>LATINA</strong> E <strong>DO</strong> <strong>CARIBE</strong> <strong>SOBRE</strong> INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - CALC<br />
dão uns 30% aos setores populares que deveriam ser beneficiados com 100%<br />
desses recursos, recursos que afinal de contas não provêm dos capitalistas<br />
norte-americanos nem dos capitalistas europeus, mas sim se originam da<br />
exploração a que são submetidos os mesmos povos europeus, o mesmo<br />
povo norte-americano e os povos latino-americanos, e os povos africanos e<br />
os povos dos países em vias de desenvolvimento.<br />
E aí começou a polêmica, e aí já começou o questionamento de que a<br />
Nicarágua é uma ditadura, e que se está vivendo uma ditadura na Nicarágua.<br />
Na Nicarágua, realizam-se eleições desde 1984; nessa ocasião, a Frente<br />
Sandinista ganhou essas eleições, em meio a guerra. Eleições em 1990, quando<br />
com clara ingerência e chantagem do governo ianque venceram as forças<br />
pró-imperialistas, às quais entregamos o governo. Eleições nacionais em 1990,<br />
com uma fraude escandalosa, de que participou a OEA como observadora,<br />
quando não era nosso querido amigo José Insulza o Presidente da OEA. O<br />
Presidente da OEA era o Presidente Gaviria, da Colômbia. Acompanharam<br />
o processo eleitoral o Presidente Jimmy Carter, dos Estados Unidos, e outros<br />
Presidentes latino-americanos. Eles me manifestaram na ocasião que em seus<br />
países, por situações muito menores e menos graves do que as que haviam<br />
observado na Nicarágua, se anulavam as eleições e se convocavam novas<br />
eleições; porém – me disseram -, como aqui na Nicarágua acabava de<br />
acontecer uma guerra, aos Senhores não sobra mais caminho do que aceitar<br />
esses resultados.<br />
Essa foi a Resolução da OEA, essa foi a resolução do grupo Centro<br />
Carter, quer dizer, aceitem a fraude. E, no ano de 2001, em novas eleições<br />
nacionais, houve nova fraude e nova recomendação de aceitação da fraude.<br />
Finalmente conseguimos a vitória em 2006 e nossos adversários nos acusaram<br />
de fraude. José Miguel Insulza e outros já conheciam o fato porque<br />
participaram nessa ocasião como observadores e deram-se conta da reação<br />
de nossos adversários que alegavam o cometimento de fraude nessas eleições.<br />
Quer dizer, fraude quando ganha a Frente Sandinista, mas quando ganham as<br />
forças pró-imperialistas, quando ganham os fantoches do império, então as<br />
eleições são democráticas, são limpas, é a democracia que ganha. E em todo<br />
esse período, de 2007 até agora, tem havido em nosso país uma conspiração<br />
aberta, de representantes dos governos europeus, assim como de<br />
representantes do governo ianque, convocando a união de forças<br />
democráticas para evitar que se imponha a ditadura na Nicarágua. E nos<br />
anos anteriores, frente às eleições vindouras, que faziam os europeus e que<br />
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