CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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<strong>CÚPULA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AMÉRICA</strong> <strong>LATINA</strong> E <strong>DO</strong> <strong>CARIBE</strong> <strong>SOBRE</strong> INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - CALC<br />
para que busquemos uma frente comum latino-americana e caribenha nas<br />
negociações sobre mudança climática, que são prioritárias para todos.<br />
Entramos agora nas negociações pós-Kioto, em que a prevenção do<br />
desflorestamento entra no jogo; que nossos bosques e a proteção de nossas<br />
selvas sejam valorizadas, a não-destruição delas tenha um valor. Hoje, o<br />
desflorestamento gera 20% do aquecimento global do mundo; por isso, esta<br />
proteção de nossos bosques, de nossas selvas, os mecanismos de<br />
compensação pela proteção desses bosques e dessas selvas têm que ser<br />
uma das agendas fundamentais e prioritárias da América Latina para impor<br />
negociações. Temos que chegar às negociações pós-Kioto com uma agenda<br />
e uma voz comum.<br />
Igualmente, a adaptação à mudança climática vai requerer de nossos<br />
países cada vez mais fundos, cada vez mais cooperação. A maioria de nossos<br />
países hoje são emissores negativos de CO2; não contribuímos para o<br />
aquecimento global, mas ele de nenhuma maneira é compensado, e por isso<br />
se requer que trabalhemos conjuntamente para que esta contribuição negativa<br />
ao aquecimento global tenha, em matéria de cooperação, em matéria de<br />
fundos, em matéria de transferência de tecnologia, algum tipo de compensação.<br />
As catástrofes que vivemos em nossa região, a solidariedade e a ajuda<br />
humanitária nos casos de desastres naturais, deveriam ser causa comum.<br />
Os países que não os sofrem num ano, que ajudem os outros no outro.<br />
Que se desenhem protocolos de cooperação entre nossos países, para que,<br />
quando estas catástrofes aconteçam, estejamos todos lá colaborando.<br />
O propósito da integração tem que ser esse: o de integrar, o de somar, e<br />
não o de diminuir ou de confrontar. É importante que essas alianças criadas<br />
se fortaleçam, melhorem, e que geremos esses mínimos denominadores<br />
comuns em energia, em conservação, nos pontos em que possamos nos pôr<br />
rapidamente de acordo, para ter uma única voz, e para que o desenho de<br />
novos instrumentos e a consolidação de instrumentos e mecanismos nos<br />
confiram agilidade na tomada de decisões e nos resultados que estas decisões<br />
implicam. Porém a integração também significa valorizar o já feito, valorizar<br />
organizações como a OEA, que nos permitiram ter um espaço de diálogo,<br />
muito difícil em algumas ocasiões, sabemos disso; mas sempre aberto e sempre<br />
disposto a buscar e a encontrar soluções para muitos dos problemas que<br />
temos. Sempre aberto e sempre disposto a nos ajudar a encontrar consensos<br />
já fundamentais em temas como Direitos Humanos, como desenvolvimento,<br />
como luta contra a delinqüência organizada transnacional, entre outros.<br />
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