CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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INTERVENÇÕES (VERSÕES EM PORTUGUÊS)<br />
que, dada a situação de recessão mundial, não estariam em condições de<br />
poder cumprir com os compromissos adequados quanto ao aquecimento<br />
global e, por aí, se fica bastante em dúvida sobre qual será o prognóstico –<br />
estou dando uma de doutora -, o prognóstico da reunião de Copenhagen. E<br />
a verdade é que acredito que devamos ser capazes de concertar um acordo<br />
fundamental, porque além de ser um problema em si mesmo, muitos de nossos<br />
países defrontam-se com a maioria dos fatores de risco, por exemplo, as<br />
ilhas representam um dos riscos, grandes margens costeiras, etc., para serem<br />
as principais vítimas do aquecimento global e da mudança climática.<br />
Assim, acredito que chegar a um bom acordo poderia constituir-se numa<br />
poderosa ferramenta para o meio ambiente e também para o desenrolar da luta<br />
contra a pobreza e de fomento à inovação, inclusive porque as possibilidades de<br />
reativação da economia mundial também estão estreitamente relacionadas com<br />
as possibilidades de destravar as negociações da rodada de Doha da OMC.<br />
Amigos e amigas, Chefes de Estado e de Governo, esta reunião da<br />
América Latina e do Caribe é também uma oportunidade extraordinária para<br />
promovermos, juntos, uma resposta à crise em nossa região. Confiamos em<br />
que nossa região possa fazer frente a essa turbulência a partir de uma posição<br />
melhor que no passado, porque fomos ganhando fortaleza, temos melhores<br />
condições, nossos países realizaram avanços substantivos e significativos para<br />
promover o crescimento e derrotar a pobreza.<br />
Gostaria de considerar com vocês uma cifra que não é menor, a América<br />
Latina e o Caribe foram capazes de tirar 37 milhões de pessoas da pobreza<br />
entre 1992 e 2007. Não significa que fizemos bem a tarefa, ainda nos falta<br />
muito para avançar, mas avançamos; porém, por seu turno, a alta do preço<br />
dos alimentos, comenta-se, teria impedido que uns 4 milhões de pessoas<br />
saíssem da pobreza e da indigência e que a crise internacional afetará empregos<br />
e salários, ameaçando, portanto, em muitos países, as conquistas sociais dos<br />
anos recentes, aumentando a pobreza e a desigualdade na região. Por isso,<br />
devemos proteger nossas conquistas e devemos atuar para prevenir as<br />
conseqüências sociais da crise em nossa região.<br />
Nesse sentido, a declaração desta reunião considera o estímulo de<br />
políticas sociais proativas e, por certo, saudamos o conjunto de iniciativas<br />
contidas neste documento, mas isso não é suficiente. Devemos promover<br />
como região, e isto conversamos em outras reuniões, políticas de promoção<br />
do emprego, de fortalecimento da segurança social, de seguros de<br />
desemprego.<br />
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