CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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INTERVENÇÕES (VERSÕES EM PORTUGUÊS)<br />
Equador e México. E por essa resolução se excluiu o atual governo de Cuba<br />
da participação no sistema interamericano. Se, neste momento, a resolução<br />
estivesse vigente para todos os países na OEA, seguramente a Venezuela<br />
estaria expulsa, a Bolívia estaria expulsa, talvez outros países estariam expulsos<br />
da OEA. Mas o que me pergunto é como se pode expulsar o país mais<br />
solidário, como é Cuba, de um organismo internacional. Perdoem-me a<br />
solidariedade de muitos países, com meu país, com outros países.<br />
Um país bloqueado economicamente pelo império é o país mais solidário<br />
com os povos do mundo. Que eu saiba é o único país onde a educação e a<br />
saúde são totalmente gratuitas, muito avançado em temas sociais e é expulso<br />
da OEA. Os serviços básicos são um serviço público, não negócio privado.<br />
E se expulsa esse país da OEA. Espero não me equivocar. Por isso, na<br />
semana passada eu disse: pois Cuba deveria voltar à OEA e, se não voltar,<br />
há que se fazer outra OEA sem Estados Unidos, porque há uma OEA sem<br />
Cuba, então haveria que fazer outra OEA, sem Estados Unidos. Sinto que<br />
talvez estes eventos sejam parte de um grande movimento, por isso, falava<br />
de uma verdadeira libertação dos povos da América Latina.<br />
Aqui, falamos bastante de solidariedade, mas aprendi de Cuba que<br />
solidariedade não só se fala, se pratica. Na solidariedade, não se divide o<br />
que sobra, mas o que temos. Falamos de solidariedade e, de verdade, façamos<br />
a solidariedade.<br />
Há pouco, escutei em uma intervenção que, às vezes, falamos e falamos,<br />
mas talvez nunca resolvemos alguns problemas. Quem sabe, é necessário<br />
tempo ou recursos para muitos temas, é o que se expressa aqui. Mas como<br />
se pratica a verdadeira solidariedade? Estamos falando de uma verdadeira<br />
solidariedade ao povo cubano, sobre o bloqueio econômico que o governo<br />
dos Estados Unidos impôs contra o povo cubano, contra o governo de Cuba.<br />
Informamos-nos, por meio de nossas Chancelarias, de que, na última<br />
reunião das Nações Unidas, só três países, claro, Estados Unidos, Israel e<br />
um pequeno país, uma ilha, me disseram, não se somaram à decisão dos<br />
Governos do mundo para que se levante o bloqueio a Cuba. Ontem, aqui,<br />
celebramos, aplaudimos, três, quatro, cinco minutos, a presença de Cuba no<br />
Grupo do Rio. Mas como se concretiza esse aplauso? Como o levamos<br />
adiante? E me atrevo a dizer, aqui creio que meu Chanceler não está de<br />
acordo, mas me atrevo a dizer-lhes, companheiros Presidentes, eu sou muito<br />
sincero e direto e tenho muitas razões para ser muito direto, muito sincero, e<br />
expressar a grande luta dos povos indígenas da América, uma luta permanente<br />
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