CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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<strong>CÚPULA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AMÉRICA</strong> <strong>LATINA</strong> E <strong>DO</strong> <strong>CARIBE</strong> <strong>SOBRE</strong> INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - CALC<br />
Essas são as políticas e por isso saúdo as iniciativas de fazer uma profunda<br />
reestruturação no sistema financeiro internacional. Mas se queremos enfrentar<br />
o tema da crise alimentar, estamos nos preparando com pouca experiência.<br />
Primeiro, deve-se garantir alimento para o povo e, em três níveis: um para os<br />
produtos mais importantes, como arroz, trigo e, sobre o trigo, ainda não se<br />
pode resolver, porque nos deixaram com uma dependência em relação ao<br />
Norte. Já melhoramos a produção de trigo, soja, milho, com crédito de 0%.<br />
Diria que, este assunto, vamos resolver, exceto o trigo. Em segundo lugar,<br />
também com nossos próprios recursos, garantia de créditos para micro e<br />
pequenos empresários, associações, cooperativas para a produção. E, em<br />
terceiro lugar, uma aliança entre o setor financeiro, os bancos privados com o<br />
governo nacional. Desde semanas, estamos disponibilizando 200 milhões de<br />
dólares para o médio e o grande produtor, para empresários realmente<br />
produtivos, não políticos. Colocamos à disposição, desde meados do ano<br />
passado até agora, algo como 550 milhões de dólares. Evidente que, para os<br />
países grandes como o Brasil, não é nada, é meia tigela para o companheiro<br />
Lula, 500 milhões de dólares não são nada, mas, para a Bolívia, nos ajuda<br />
bastante a resolver os problemas que temos e, desta maneira, enfrentar o<br />
problema, isto é, que não falte alimento para o povo. Se não falta alimento<br />
para o povo, vamos poder frear qualquer crise financeira que possa afetar<br />
nossos países.<br />
Em segundo, eu diria: como garantir os serviços básicos? E os serviços<br />
básicos não podem ser da iniciativa privada. Eu, cada dia que passa, disso<br />
me vou convencendo. E, terceiro, o tema da saúde e educação, em que será<br />
impossível alcançar Cuba. Há colégios privados, respeitamos, universidades<br />
privadas, respeitamos. Mas que bom seria se toda a educação fosse totalmente<br />
gratuita. A Bolívia não tem capacidade de garantir isso, portanto, existe o<br />
ensino privado. Consagramos isso que também está garantido na nova<br />
Constituição política do Estado boliviano. Porém, o mais importante desse<br />
tema da reestruturação e de outras reivindicações, recapitulando as iniciativas<br />
de muitos Presidentes, é acelerar o estabelecimento e o funcionamento do<br />
Banco do Sul. Acho que nossos Ministros da Fazenda, nossos peritos<br />
econômicos, deveriam acelerar o funcionamento do Banco do Sul. A proposta<br />
do companheiro Chávez, de dispor de 10% ou de alguma porcentagem das<br />
reservas internacionais é uma grande base para alavancar o Banco do Sul.<br />
Assim, vemos que a Bolívia tem crescido de verdade. Quando cheguei à<br />
Presidência eram de apenas 1.700 bilhão as reservas internacionais; agora<br />
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