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CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag

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<strong>CÚPULA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AMÉRICA</strong> <strong>LATINA</strong> E <strong>DO</strong> <strong>CARIBE</strong> <strong>SOBRE</strong> INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - CALC<br />

problemas de falta de acesso ao financiamento. Também devemos fazer um<br />

melhor uso da atual coordenação de políticas e mecanismos de consulta, em<br />

particular mecanismos de cooperação entre autoridades econômicas, bancos<br />

centrais, discutir medidas multilaterais que sejam necessárias para responder<br />

à crise financeira.<br />

Nessa primeira etapa da crise, também se consolidou uma idéia muito<br />

importante que muitos viemos levantando há muito tempo, mas que sempre<br />

caía no vazio, e creio que hoje em dia existe clara consciência da necessária<br />

transformação profunda das instituições financeiras internacionais, de uma<br />

nova arquitetura financeira mundial. Necessitamos maior representatividade,<br />

maior transparência, melhores regras, que permitam efetivamente o<br />

desenvolvimento de nossos povos e ademais, obviamente, resolvam ou evitem<br />

crises desta natureza.<br />

A crise também tornou inevitável algo que me parece importante deixar<br />

aqui assentado, que é o reconhecimento explícito de que hoje em dia, na<br />

ordem global, existem economias emergentes do mundo em desenvolvimento<br />

que já têm um papel de maior relevância, e as economias emergentes começam<br />

a demonstrar que também são capazes de avançar em direção ao<br />

desenvolvimento e de tirar centenas de milhões de pessoas da pobreza, e<br />

começam a ocupar um novo espaço, como o demonstrou a participação de<br />

Argentina, Brasil e México junto a outros países emergentes na reunião do<br />

G-20. Por isso que sua nova gravitação deverá refletir-se em uma maior<br />

capacidade de decisão nas instituições multilaterais; depois, caberiam análise,<br />

discussão e debate necessários sobre esse tema. E, nesse sentido, apoiamos<br />

fortemente uma maior incorporação e participação dos países emergentes e<br />

em vias de desenvolvimento nos organismos internacionais e em todos os<br />

mecanismos de decisão da nova arquitetura mundial.<br />

Também apoiamos a urgência de expandir a filiação do foro de<br />

estabilidade financeira de economias emergentes e em vias de<br />

desenvolvimento, e assim aportar a coordenação internacional na identificação<br />

de coisas bem concretas, como vulnerabilidades, manejo de riscos potenciais,<br />

fortalecimento de respostas coordenadas frente a crises globais. Porém, existe<br />

ademais um segundo consenso, e é algo que venho apresentando em todas<br />

as últimas reuniões: não podemos adicionar à queda das bolsas de valores<br />

um desabamento social, e para tanto é indispensável que também o mundo<br />

seja capaz de dar uma resposta global à crise social, que geralmente vem<br />

associada a uma recessão, crise que, ademais, ameaça seriamente nosso<br />

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