CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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INTERVENÇÕES (VERSÕES EM PORTUGUÊS)<br />
de alcance global; e os países desenvolvidos estão sofrendo sua pior crise<br />
econômica e financeira em décadas, o que fez ademais com que a economia<br />
mundial se tornasse extremamente frágil, imprevisível, de altíssima volatilidade.<br />
A crise global foi-se propagando aos países emergentes e em vias de<br />
desenvolvimento, e devo acrescentar, mais rápido do que se pensava, porque<br />
até há uns dois meses atrás se dizia que esta crise iria afetar a todos, mas que<br />
os países emergentes estariam em relativas boas condições, e também todas<br />
estimativas assinalavam que a América Latina, que havia tido tão bom<br />
desempenho nos últimos seis anos, provavelmente estaria em melhores<br />
condições de responder. Contudo, percebemos que mais rapidamente,<br />
lamentavelmente, já se começou a ver o impacto resultante da redução do<br />
financiamento externo e desaceleração do desempenho econômico global.<br />
Muitas de nossas economias são altamente dependentes da exportação para<br />
muitos países, uns fortemente exportadores para os Estados Unidos, e,<br />
portanto, a baixa demanda provocou uma desaceleração da economia em<br />
muitos de nossos países. E dessa maneira começaram a ser seriamente<br />
afetadas economias da América Latina e do Caribe.<br />
Em seguida a uma perigosa paralisia, a comunidade internacional começou<br />
a reagir e foram sendo geradas as primeiras coordenações entre governos,<br />
produzindo-se alguns acordos internacionais sobre a resposta ante a crise.<br />
Existe concordância de que, no curto prazo, a tarefa fundamental é a<br />
coordenação das respostas dos governos para impedir uma crise maior, e<br />
por isso também que é tão pertinente esta reunião.<br />
Estados Unidos e Europa deram os primeiros passos, logo se seguiu a<br />
reunião do G-20, mas, claramente, a propagação da atual crise internacional<br />
inevitavelmente nos traz desafios para o trabalho coordenado de países e de<br />
entidades multilaterais. Estes tempos de grandes desafios também nos dão<br />
grandes oportunidades de trabalhar conjuntamente, de maneira eficaz, para<br />
melhorar nossa capacidade de prevenir riscos.<br />
Falou-se de pacotes fiscais e de pacotes monetários, claro, mas não se<br />
trata somente disso. Frente à crise, há tarefas imediatas e tarefas mediatas ou<br />
de médio e longo prazo, tanto domésticas como internacionais; mas também,<br />
evidentemente, em termos de medidas imediatas, é necessário assegurar o<br />
apoio ativo às economias emergentes e em vias de desenvolvimento, com<br />
instrumentos e facilidades de liquidez mais flexíveis, porque seria imperdoável<br />
que economias basicamente sãs devam deixar de crescer ou de criar emprego<br />
e por aí permitir que muito de nossa gente saia da pobreza, somente por<br />
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