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CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag

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<strong>CÚPULA</strong> <strong>DA</strong> <strong>AMÉRICA</strong> <strong>LATINA</strong> E <strong>DO</strong> <strong>CARIBE</strong> <strong>SOBRE</strong> INTEGRAÇÃO E DESENVOLVIMENTO - CALC<br />

que tem ademais a vantagem de poder emitir moeda de reserva, e que ademais,<br />

ao ter um déficit estrutural que já não sei de quantos milhares de trilhões de<br />

dólares, termina finalmente exportando sua crise a todos os países que são<br />

aqueles que sustentaram o crescimento da economia mundial.<br />

O curioso é, escutava outro dia, que a recessão nos Estados Unidos<br />

começou em 2007; contudo, nem o Fundo Monetário Internacional, nem as<br />

classificadoras de risco, nem absolutamente nenhum jornalista investigativo<br />

pôde determinar que a recessão nos Estados Unidos havia começado em<br />

2007, talvez porque sempre andam buscando onde há um governo populista<br />

na América Latina, para poder freá-lo. Estão tão ocupados com essas questões<br />

que talvez não tenham tempo para observar algumas coisas que aconteceram,<br />

e que hoje, sim, querem trasladar precisamente aos países emergentes, de<br />

onde curiosamente os capitais emigram para irem precisamente ao lugar que<br />

é a origem da crise. E alguém diz: mas estão todos loucos?<br />

Não, não estão todos loucos. É que os EUA continuam sendo a única<br />

moeda de reserva, e é o único país que está autorizado a descumprir as<br />

regras que, sim, os demais países têm obrigação de cumprir sob pena de<br />

serem condenados publicamente e mundialmente como governos populistas,<br />

deficitários, ineficientes, etc.<br />

Vejo então que o problema não é somente econômico e financeiro, é<br />

profundamente político, e é profundamente político porque existe um duplo<br />

padrão, inadmissível e cada vez mais visível num mundo que, graças à<br />

globalização das comunicações, é propagandeado com maior rapidez e<br />

vertiginosidade que em outras ocasiões.<br />

Ocorre-me, então, uma questão central em todos os espaços, neste em que<br />

estamos hoje, em outros espaços. Ontem a Presidenta do Chile oferecia seu país<br />

para que pudéssemos, nós que formamos o G-20, discutir mais além das demandas<br />

do G-192, como quiseram outros companheiros Presidentes. O certo é que<br />

quando nos coube participar em Washington, há um mês, ou um pouco mais, da<br />

reunião do G-20, três dos países que estamos aqui tivemos divergência.<br />

O importante também seria ter posturas uniformes nesses organismos<br />

internacionais, que realmente representassem a região; porque de nada vale<br />

chegar aqui com discursos para, quando se tem que se sentar em frente aos<br />

outros, aos que têm poder, não repetir e dizer exatamente as mesmas coisas<br />

que dizemos aqui. Isto é chave, é chave porque o que não se pode seguir<br />

sustentando, digo, é o duplo critério, que é o que acontece hoje nos organismos<br />

multilaterais de crédito, acontece nos organismos políticos também.<br />

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