CÚPULA DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE SOBRE ... - Funag
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INTERVENÇÕES (VERSÕES EM PORTUGUÊS)<br />
narrando entre nós quais são os problemas, apresentamos diferentes opiniões,<br />
diagnosticamos o problema, prescrevemos o que deve ser feito e, depois<br />
disso tudo, empacotamos nossas malas e voltamos para casa. Isto deve ter<br />
algum valor terapêutico, mas suponho que não seja um mandato para a ação.<br />
O Presidente Jagdeo enfatizou ontem que ninguém irá resolver esses<br />
problemas para nós. A responsabilidade de solução está em nossas próprias<br />
mãos, o poder de resolver esses problemas está em nossas mãos e penso<br />
que devemos achar o caminho de afirmar e exercer este poder.<br />
Penso que é tempo de começar a trabalhar. Todos acatamos o valor e as<br />
imensas vantagens que devem surgir de um movimento de maior coordenação<br />
entre América Latina e Caribe e, de novo, quero elogiar o Presidente Lula<br />
por ter nos convidado até aqui, nos ter reunido. E acredito que essa<br />
oportunidade nos é importante para determinar o escopo de nossas intenções<br />
e as modalidades que desenvolveremos para realizá-las. Entendi, ontem, da<br />
intervenção inicial do Presidente Chávez, que essa é a direção que ele também<br />
sugere que tomemos. Penso que temos duas opções. Podemos nos encontrar<br />
em uma conferência livre, sob a forma de um tipo de processo de consultas<br />
onde intercambiaríamos pontos de vista e idéias. Podemos ser não mais que<br />
33 Estados soberanos reunidos na mesma sala, mantendo uma conversação,<br />
mas pergunto: já não tivemos bastante disso? Já não fizemos bastante disso?<br />
Temos uma segunda opção: podemos acordar uma estrutura institucional<br />
e organizacional para construir consensos e idealizar um plano de ação para<br />
juntar as capacidades técnica e administrativa e proporcionar à região um<br />
efetivo veículo para a mudança. O mundo está crescentemente se<br />
reconfigurando em conglomerados de nações soberanas. Devemos decidir<br />
se os encaramos separada e individualmente ou se nos combinamos para<br />
garantir que estejamos em pé de igualdade, na mesma posição, com igual<br />
força e com orgulho consumado nas relações com o resto do mundo. Se<br />
escolhermos a última opção, surge uma série de questões. Criamos outra<br />
nova estrutura? Reinventamos a roda ou avaliamos o que já existe, olhamos<br />
para o que temos e para entender o que pode ser adaptado, como pode ser<br />
fortalecido para responder àquilo que acredito ser um chamado urgente à<br />
ação da América Latina e do Caribe.<br />
Defendo, Senhor Presidente, que há essa estrutura para a ação e o<br />
caminho orientado adiante. Essa estrutura existe no seio do Grupo do Rio.<br />
Ele tem 22 anos de existência e com a admissão de Cuba, ontem, abarca,<br />
agora, todos os 33 países da América Latina e do Caribe, estendendo-se do<br />
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