Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte
Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte
Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Na Eq. IV.67, WG é o peso máximo <strong>de</strong> <strong>de</strong>colagem (kg), Sw é a area <strong>de</strong> referência da asa<br />
(m 2 ), AR w é o alongamento da asa, λ w o afilamento e Λw é o enflechamento em ¼ da<br />
corda (<strong>de</strong>g). Os valores dos expoentes na Eq. IV.67 são os seguintes:<br />
φw = 0,656 , βw = δw = εw = 1,5 , αw = 0,0328 e χw = 1,1<br />
O valor do coefficiente αw representa uma alteração em relação ao valor original<br />
proposto por Linell, em passo com um banco <strong>de</strong> dados composto com aviões mais<br />
contemporâneos.<br />
Aviões são certificados para resistir a fatores <strong>de</strong> carga limite <strong>de</strong> modo que a estrutura<br />
não começa a ce<strong>de</strong>r até que um certo limiar seja ultrapassado. Normas JAR e FARs<br />
requerem que <strong>de</strong> fatores <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> no mínimo 1,5 <strong>de</strong>vem ser empregados durante<br />
o dimensionamento estrutural. Uma vez que os requisitos <strong>de</strong> certificação não permitem<br />
fator <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> manobra para qualquer velocida<strong>de</strong> até a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> mergulho seja<br />
inferior a 2,50, um valor do fator <strong>de</strong> carga final n ult = 1,4 x 2,50 = 3,75 é tipicamente<br />
assumido. Este valor é a<strong>de</strong>quado para gran<strong>de</strong>s aviões <strong>de</strong> transporte, no entanto, para os<br />
veículos <strong>de</strong> tamanho menor o caso mais crítico po<strong>de</strong> ser o <strong>de</strong> cargas <strong>de</strong> rajada,<br />
impactando no momento fletor na raiz da asa.<br />
O fator <strong>de</strong> carga <strong>de</strong> rajada em um avião predomina quando ele está operando em<br />
menores pesos. Assumindo que a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cruzeiro V c = VMO é crítica para o<br />
caso da rajada, o fator <strong>de</strong> carga é<br />
Sw<br />
ngust 1 KgCL <br />
U <strong>de</strong>Vc<br />
(IV.68)<br />
2 W<br />
O fator <strong>de</strong> alívio <strong>de</strong> rajada, Kg, é calculado por uma fórmula empírica em função do<br />
parâmetro μ<br />
on<strong>de</strong><br />
K g<br />
0,88<br />
<br />
5,3 <br />
2W<br />
(IV.70)<br />
gc C S<br />
gm L w<br />
(IV.69)<br />
O fator K g acima é uma maneira <strong>de</strong> levar em consi<strong>de</strong>ração: (1) gradiente da rajada; (2) a<br />
resposta do avião; (3) atraso no acréscimo da sustentação causado pela variação do<br />
ângulo <strong>de</strong> ataque (Δα).<br />
c gm é a corda média geométrica. De acordo com Torenbeek [Torenbeek, 1976] , a<br />
situação crítica para acontece no Peso Máximo Zero Combustível e sugere uma<br />
referência <strong>de</strong> vôo para avaliação em uma altitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> 20000 pés e uma rajada <strong>de</strong> alta<br />
velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> U<strong>de</strong> = 15,2 m/s (50 pés/s), tirada das normas FAR. O valor aproximado do<br />
C Lα é dado pela equação <strong>de</strong> Helmotz com alguns ajustes<br />
C<br />
L<br />
Cl<br />
<br />
ARw<br />
<br />
2<br />
C <br />
l<br />
AR <br />
<br />
w Cl<br />
<br />
AR M<br />
cos <br />
<br />
1/2<br />
<br />
<br />
<br />
2 2<br />
w<br />
(IV.71)<br />
Na Eq. IV.71, C lα é a razão <strong>de</strong> sustentação média dos aerofólios que compõem a asa.