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Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte

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A <strong>de</strong>sregulamentação do setor aéreo norte americano teve também um gran<strong>de</strong> impacto<br />

no <strong>de</strong>stino da EMBRAER, um fabricante aeronáutico brasileiro. Depois <strong>de</strong> várias<br />

tentativas fracassadas <strong>de</strong> se estabelecer uma indústria aeronáutica sólida no Brasil, a<br />

EMBRAER foi criada para preencher esta meta. Contudo, a empresa ao ser criada já<br />

contava com um produto competitivo, o bimotor turboélice Ban<strong>de</strong>irante EMB-100 (Fig.<br />

I.9), projetado e construído no Centro Técnico <strong>de</strong> Aeronáutica em São José dos campos.<br />

As tentativas anteriores <strong>de</strong> se projetar e construir aviões no Brasil fracassaram ou<br />

obtiveram um sucesso relativo, basicamente porque apenas aviões ultrapassados foram<br />

projetados e/ou construídos, os quais não tinham qualquer chance <strong>de</strong> serem exportados.<br />

Isto, a exportação em gran<strong>de</strong> escala, é imperativa para o sucesso <strong>de</strong> qualquer indústria<br />

aeronáutica que <strong>de</strong>senvolva e manufature aviões comerciais, pois apenas a <strong>de</strong>manda<br />

interna não é suficiente para manter uma fábrica mo<strong>de</strong>rna, principalmente no Brasil.<br />

Contudo, a EMBRAER nasceu com um produto competitivo, o bimotor turboélice<br />

Ban<strong>de</strong>irante que havia sido <strong>de</strong>senvolvido no Centro Técnico <strong>de</strong> Aeronáutica (CTA), em<br />

São José dos Campos, São Paulo. Teria o bimotor Ban<strong>de</strong>irante alguma chance no<br />

mercado internacional?<br />

Fig. I.9 – O segundo protótipo do Ban<strong>de</strong>irante no Museu Aeroespacial Brasileiro<br />

em São José dos Campos, São Paulo (Foto do autor).<br />

A EMBRAER iniciou suas operarações em janeiro <strong>de</strong> 1970, tendo sido fundada em<br />

agosto do ano anterior. Enquanto os protótipos do Ban<strong>de</strong>irante (EMB 100) foram<br />

ganhando experiência <strong>de</strong> vôo, a equipe <strong>de</strong> projeto estava realizando mudanças e<br />

adaptações necessárias para a produção <strong>de</strong> um terceiro protótipo. Apesar do bom<br />

<strong>de</strong>sempenho do Ban<strong>de</strong>irante, verificou-se que o mercado havia mudado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início<br />

do seu <strong>de</strong>senvolvimento. Assim, os oito assentos do avião se mostraram ser<br />

insuficientes em face dos novos requisitos da FAB e das empresas aéreas. Dentro <strong>de</strong>sta<br />

nova ótica, a Embraer <strong>de</strong>cidiu refazer completamente o avião, e assim o EMB-110<br />

Ban<strong>de</strong>irante surgiu (Fig. I.10). Era maior, com 12 lugares na versão militar, e teve<br />

alguns avanços técnicos adicionais, quando comparado com os primeiros protótipos,<br />

como, por exemplo, trem <strong>de</strong> pouso totalmente escamoteável.

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