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Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte

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Outras unida<strong>de</strong>s do Ju 52 foram adquiridas posteriormente pela VASP. Para mencionar<br />

duas <strong>de</strong>las: a ―Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Goiânia‖, que foi <strong>de</strong>scomissionada em 1943; e o Ju 52 com<br />

prefixo PP-SPF, ―Cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Santos‖, que colidiu com um D.H.90 Dragonfly argentino<br />

nos céus do Rio <strong>de</strong> Janeiro em 1940.<br />

Em 1944, a Junkers licenciou a construção do mo<strong>de</strong>lo pela Construcciones<br />

Aeronáuticas S.A. (CASA) da Espanha, sendo então <strong>de</strong>signado <strong>de</strong> CASA 352-L. Os Ju<br />

52 também foram produzidos na França a partir <strong>de</strong> 1942, em uma fábrica da empresa<br />

aeronáutica francesa Amiot, a qual foi incorporada pela Junkers durante a Segunda<br />

Guerra Mundial. Esta fábrica estava localizada na cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Colombes e os aviões lá<br />

produzidos foram batizados <strong>de</strong> Amiot AAC.1 Toucan. Após a guerra, alguns <strong>de</strong>stes<br />

mo<strong>de</strong>los foram para a Força Aérea Portuguesa, Air France e CSA Czech Airlines.<br />

O Ju 52 também esteve em serviço na Força Aérea Suíça até a década <strong>de</strong> 1980.<br />

Atualmente, alguns exemplares ainda voam na Alemanha, Suíça e Estados Unidos,<br />

notadamente realizando vôos panorâmicos. Outros dois exemplares restaurados estão na<br />

África do Sul e França.<br />

Sua primeira utilização militar foi no transporte <strong>de</strong> tropas e equipamentos bolivianos<br />

pela LAB para a linha <strong>de</strong> frente <strong>de</strong> batalha da Guerra do Chaco (1932-1935), conflito<br />

entre Bolívia e Paraguai.<br />

Na guerra civil espanhola, o Ju 52 foi utilizado como transporte <strong>de</strong> tropas,<br />

principalmente <strong>de</strong> soldados vindos do Marrocos para a Espanha, além <strong>de</strong> servir <strong>de</strong><br />

bombar<strong>de</strong>iro e transporte para missões <strong>de</strong> pára-quedistas pela Legião Condor, uma força<br />

<strong>de</strong> aviadores enviados pela Alemanha para ajudar o Ditador Francisco Franco. O mesmo<br />

uso foi feito durante a Segunda Guerra Mundial para o transporte <strong>de</strong> tropas e<br />

suprimentos para a frente oriental (Stalingrado) e para o norte da África (Afrika Korps).<br />

A versão Ju 52/3m W, hidroavião, serviu na campanha da Noruega em 1940 e<br />

posteriormente no teatro <strong>de</strong> operações do Mediterrâneo.<br />

O Ju 52 também foi uma peça fundamental na Operação Merkur (invasão alemã da ilha<br />

<strong>de</strong> Creta) no ano <strong>de</strong> 1941, como avião <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> pára-quedistas. A operação foi<br />

consi<strong>de</strong>rada um sucesso, pois seus objetivos <strong>de</strong> conquista foram alcançados. No entanto,<br />

as baixas <strong>de</strong> pára-quedistas foram gran<strong>de</strong>s e pouco mais da meta<strong>de</strong> dos 493 aviões que<br />

participaram da invasão foram danificados ou <strong>de</strong>struídos. Devido às altas perdas<br />

humanas e materiais <strong>de</strong>sta operação, não foi realizada pela Alemanha mais nenhuma<br />

gran<strong>de</strong> ofensiva utilizando tropas aerotransportadas.<br />

Hugo Junkers mais uma vez inovou com o uso do aileron como flape na <strong>de</strong>colagem no<br />

trimotor Ju 52 (Fig. I.26). Os ailerons também podiam ser ajustados para alterar<br />

localmente a sustentação na asa para gerar menor arrasto induzido (o arrasto ligado à<br />

geração <strong>de</strong> sustentação, como veremos mais adiante).

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