Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte
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A Companhia Latécoère à Toulouse continuou sua existência com a fabricação <strong>de</strong><br />
aviões. Após a Segunda Guerra Mundial, a Latécoère <strong>de</strong>ixou <strong>de</strong> produzir aviões e<br />
tornou-se fornecedora <strong>de</strong> partes <strong>de</strong> aeronaves para fabricantes <strong>de</strong> aviões. A Embraer é<br />
um dos clientes, que use partes fabricadas pelas Latécoère em seus E-jets.<br />
Fig. I.18 - Primeiros aviões a transportar passageiros.<br />
Na década <strong>de</strong> 1930, o único meio <strong>de</strong> atravessar o Atlântico por via aérea sem escalas era<br />
por meio <strong>de</strong> dirigível. A única companhia que fabricava e operava dirigíveis em escala<br />
comercial era a companhia alemã Zeppelin. Baseado no LZ 126 Los Angeles, dirigível<br />
militar que fora entregue aos Estados Unidos como reparação <strong>de</strong> guerra, a Zeppelin<br />
construiu o LZ 127 Graf Zeppelin. O LZ 127 foi empregado em rotas para o Brasil e<br />
Estados Unidos. O Graf Zeppelin fez sua primeira viagem ao Brasil em 1930, chegando<br />
à cida<strong>de</strong> do Recife, no estado <strong>de</strong> Pernambuco, em 21 <strong>de</strong> maio. O primeiro brasileiro a<br />
viajar nele foi o engenheiro e escritor Vicente Licínio Cardoso. Este vôo iniciou uma<br />
regular e bem sucedida rota comercial entre o Brasil e Alemanha. Inicialmente, <strong>de</strong>vido à<br />
ausência <strong>de</strong> instalações a<strong>de</strong>quadas no Campo dos Afonsos, na |cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro,<br />
o Graf Zeppelin, atracava na cida<strong>de</strong> do Recife on<strong>de</strong> os passageiros eram <strong>de</strong>sembarcados,<br />
e seguiam viagem para o Rio <strong>de</strong> Janeiro em aviões da empresa aérea Syndicato Condor.<br />
Até hoje, a estação <strong>de</strong> atracação <strong>de</strong> dirigíveis em Recife, o Torre do Zeppelin existe.<br />
Funcionários da empresa alemã Luftschiffbau-Zeppelin GmbH viajaram ao Brasil em<br />
1933 para selecionar um local apropriado às operações <strong>de</strong> pouso, <strong>de</strong>colagem e<br />
armazenamento dos gigantescos zeppelins. Após realizarem um <strong>de</strong>talhado estudo<br />
climatológico, levando em consi<strong>de</strong>ração, principalmente, a velocida<strong>de</strong> e direção dos<br />
ventos, optou-se pelo uso <strong>de</strong> uma área próxima à Baía <strong>de</strong> Sepetiba, no estado do Rio <strong>de</strong><br />
Janeiro. A área, que media 80.000m², foi cedida pelo Ministério da Agricultura. No<br />
período <strong>de</strong> um ano, um enorme hangar foi erguido para abrigo dos dirigíveis, que mais<br />
tar<strong>de</strong> recebeu o nome <strong>de</strong> Aeródromo Bartolomeu <strong>de</strong> Gusmão. Foi instalada também no<br />
local, uma usina produtora <strong>de</strong> gás hidrogênio para abastecimento dos dirigíveis, além <strong>de</strong><br />
um ramal ferroviário que po<strong>de</strong>ria transportar os passageiros do centro da cida<strong>de</strong> do Rio