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Projeto Conceitual de Aeronaves de Transporte

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I.2.2<br />

Período entre guerras<br />

No período imediatamente <strong>de</strong>pois da Primeira Guerra Mundial, muitos aviões <strong>de</strong><br />

transporte foram <strong>de</strong>rivados diretos <strong>de</strong> aviões <strong>de</strong> combate empregados no conflito,<br />

notadamente bombar<strong>de</strong>iros. Houveram gran<strong>de</strong>s saltos tecnológicos advindos da guerra<br />

como o emprego <strong>de</strong> perfis espessos, motores refrigerados a água e construção <strong>de</strong><br />

alumínio, esta última pioenirada pela empresa alemã Junkers.<br />

A empresa <strong>de</strong> eletricida<strong>de</strong> alemã AEG (Allgemeine Elektricitäts-Gemeinschaft) também<br />

fabricou aviões para o exército daquele país durante a Primeira Guerra Mundial. O AEG<br />

J.I foi utilizado na Primeira Guerra como avião <strong>de</strong> ataque ao solo pelos alemães. Findo<br />

o conflito, representou uma das primeiras conversões <strong>de</strong> aviões militares para uso civil<br />

com a sua variante J.II (Fig. I.16).<br />

Figura I.16 – O avião <strong>de</strong> transporte <strong>de</strong> passageiros AEG J.II foi <strong>de</strong>rivado do J.I,<br />

um avião militar.<br />

O AEG J.I foi <strong>de</strong>rivado <strong>de</strong> um avião <strong>de</strong> reconhencimento e equipado com motores mais<br />

potentes, dispondo também <strong>de</strong> blindagem para o piloto e motor. Duas metralhadoras <strong>de</strong><br />

7,92 milímetros foram instaladas no piso do compartimento do observador e eram<br />

usadas contra alvos terrestres. Uma metralhadora Parabellum <strong>de</strong> 7,92 milímetros foi<br />

instalada em uma posição voltada para trás, para <strong>de</strong>fesa do aparelho. As aeronaves<br />

equipadas com ailerons na asa inferior, bem como na superior foram <strong>de</strong>signadas AEG<br />

J.Ia. Uma versão melhorada do J.I foi <strong>de</strong>senvolvida como AEG J.II, a qual recebeu<br />

ailerons balanceados aerodinamicamente e fuselagem traseira foi estendida para<br />

acomodar uma maior barbatana dorsal (para melhorar a estabilida<strong>de</strong> direcional). Depois<br />

da guerra, vários J.IIs foram operados no primeiro serviço diário com aviões <strong>de</strong><br />

passageiros do mundo, entre Berlim e Weimar, estabelecido pela Cia. Deutsche Luft-<br />

Ree<strong>de</strong>rei. Este percurso começou em 5 <strong>de</strong> Fevereiro <strong>de</strong> 1919. Os primeiros J.II tinham o<br />

posto <strong>de</strong> pilotagem abertos, mas as versões modificadas com cabines fechadas para dois<br />

passageiros rapidamente os substituiram.<br />

<strong>Transporte</strong> aéreo no Atlântico<br />

Lignes Aeriennes Latécoère<br />

Próximo do término da Primeira Guerra Mundial, um industrial <strong>de</strong> Toulouse, Pierre<br />

Georges Latécoère, entusiasmado pelo progresso da aviação, <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> iniciar ativida<strong>de</strong>s<br />

<strong>de</strong> aviação. Durante a Guerra, ele havia convertido sua fábrica <strong>de</strong> vagões ferroviários<br />

em fábrica <strong>de</strong> aviões.<br />

Em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1924, uma missão aérea da Latécoère veio ao Rio <strong>de</strong> Janeiro com três<br />

aviões Bréguet 14, A2, novos, com objetivos comerciais <strong>de</strong> ligar o Rio <strong>de</strong> Janeiro à<br />

Buenos Aires por via aérea. Esta viagem já havia sido feita anteriormente pelo piloto

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