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Tendiendo Puentes hacia la Interculturalidad Ponencias

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permitir “descobrir o que se diz por detrás das pa<strong>la</strong>vras, entre as linhas e para lá dos<br />

estereótipos.” (ibidem, 226)<br />

Simultaneamente, esta pesquisa permitiu ainda abordar outra vertente desta mesma<br />

problemática, intimamente ligada à anterior. Tendo em conta o seu papel relevante<br />

como guias para os professores:<br />

Questão 2: Suscitam ou sugerem os manuais processos de ensino/aprendizagem<br />

plurais e interactivos, estruturados em vivências, dentro e fora do contexto meramente<br />

esco<strong>la</strong>r, que geram aprendizagens interculturais?<br />

São disso um indicador fiável, nas diversas actividades propostas, mais do que os<br />

assuntos envolvidos, o tipo de estratégias aconselhado.<br />

Porém, a complexidade de manifestações que reveste a diversidade na sociedade<br />

contemporânea exige que os alunos aprendam a lidar com a diferença, muito para<br />

além das paredes do edifício esco<strong>la</strong>r que frequentam. Ganha, assim, forma,<br />

naturalmente:<br />

Questão 3: Como colmatam aqueles manuais as necessidades da integração de cada<br />

criança nas realidades local e nacional – cada vez mais multiculturais – no espaço<br />

europeu comum – em franca expansão – e na enorme aldeia global que é hoje o<br />

mundo?<br />

O próprio encadeamento dos conteúdos programáticos da Área de Estudo do Meio<br />

está estruturado numa óptica de a<strong>la</strong>rgamento progressivo 7 : ao longo dos quatro anos<br />

que constituem o 1.º CEB, parte-se sempre do conhecimento do ‘eu’, que se vai<br />

gradualmente tornando mais profundo e abrangente – tanto a nível social como físico<br />

– do ambiente natural e da comunidade locais até ao (re)conhecimento da inserção de<br />

Portugal na Europa e no Mundo (4.º ano). A grande variedade dos temas abrangidos<br />

constitui frequentemente um trampolim natural, como atestam alguns dos manuais<br />

analisados, não só para inserir novos conhecimentos sobre outras culturas, presentes<br />

ou não na comunidade, mas também para abordar positivamente diferentes<br />

dimensões da diversidade. Esta estrutura dup<strong>la</strong>mente transversal e vertical do<br />

programa, culminando, em termos dos seus objectivos, no último ano deste ciclo, foi<br />

um aspecto determinante para a decisão de cobrir, na nossa pesquisa, os quatro anos<br />

de esco<strong>la</strong>ridade, apesar da grande quantidade de manuais envolvidos. Só no distrito<br />

de Coimbra, a que corresponde um universo de 525 esco<strong>la</strong>s (privadas ou públicas)<br />

que leccionam o 1.º CEB, foram adoptados 61 manuais diferentes 1 , para o ano lectivo<br />

de 2003/2004. Surgiu, assim, a questão, sempre delicada, da escolha de uma amostra<br />

capaz de fornecer informações fiáveis sobre um universo inquestionavelmente vasto –<br />

mesmo quando restringido, à partida, aos 61 manuais referidos – dada a natureza<br />

deste estudo é necessário, em cada compêndio investigado, partir da análise da<br />

comunicação (verbal e pictórica) por ele transmitida para a inferência dos<br />

pressupostos e funções que orientaram a sua concepção, nos domínios específicos<br />

aos diferentes aspectos que reveste a diversidade na sociedade actual. Desta escolha<br />

trataremos um pouco mais à frente.<br />

A pesquisa que realizámos permitiu ainda, a nível das representações que privilegiam,<br />

aferir a qualidade da mensagem transmitida:<br />

Questão 4: Em que medida os manuais adoptam processos educativos “que se<br />

inscrevem num certo multiculturalismo benigno (ou até num multiculturalismo ”turístico<br />

e folclórico”) e não tanto numa educação intercultural crítica” (Leite, 2002: 563)?<br />

E isso, apesar das intenções políticas, pelo menos ao nível da retórica, se orientarem<br />

no sentido de reconhecer a diversidade cultural como factor de enriquecimento<br />

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