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Tendiendo Puentes hacia la Interculturalidad Ponencias

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verosímeis ou mesmo verídicas para se mostrar como é que, na prática, os objectivos<br />

individuais conflituam, muitas vezes, com os direitos dos outros;<br />

- a utilização de métodos de aprendizagem cooperativa para a realização conjunta de<br />

determinadas tarefas, mediante a organização de grupos de alunos, de constituição<br />

heterogénea quanto ao desempenho académico, ao género, à proveniência (étnica,<br />

social,...), à idade, à atitude re<strong>la</strong>tivamente ao assunto em estudo e à capacidade de<br />

liderança; é reconhecido que “a cooperação e discussão informais entre as crianças<br />

em trabalhos de grupo têm uma importância acrescida, porque na ausência do<br />

professor, símbolo da autoridade, tudo se passa de forma mais autêntica” (Sá, 1994:<br />

68), devendo, no entanto, estar discretamente presente e intervencionista;<br />

- a representação (espontânea) de papéis, que pode desenvolver nos alunos a<br />

empatia, a solidariedade e uma melhor compreensão de outras culturas;<br />

- a construção de genealogias, que estimu<strong>la</strong> naturalmente o conhecimento do grupo<br />

de origem e, quando adequadamente orientada, valoriza e promove o respeito pe<strong>la</strong>s<br />

raízes culturais e proveniência social de cada criança. Neste procedimento, deve terse<br />

em conta as diferentes estruturas familiares presentes na sociedade<br />

contemporânea, de forma a não diferenciar as crianças integradas em tipos de famílias<br />

não nucleares conjugais.<br />

� Através ainda de projectos de esco<strong>la</strong>s bem e<strong>la</strong>borados, tendo como metas os<br />

objectivos gerais enunciados atrás, que utilizem estratégias, materiais e actividades,<br />

directamente operativos (Alkan, 1990, cit. em Jordán Sierra, 1992: 25), como, por<br />

exemplo (Roldão, 1995: 41), pesquisas bibliográficas, recolhas de informações junto<br />

de diversos interlocutores, selecção de notícias veicu<strong>la</strong>das por órgãos de comunicação<br />

social, organização de pequenos projectos (construção de uma horta, preparação de<br />

uma festa, exposição aberta à comunidade,...).<br />

� Por visitas a comunidades étnicas in loco, a museus etnológicos, etc.<br />

� Mediante a criação ocasional de situações especiais de aprendizagem, globais e<br />

interdisciplinares, em torno de acontecimentos ou questões, re<strong>la</strong>cionados com a multiinterculturalidade.<br />

Entram nesta última categoria os projectos de trabalho especiais e a organização, pe<strong>la</strong><br />

esco<strong>la</strong> ou por instituições várias (governamentais ou não, de âmbito local, nacional ou<br />

internacional), de dias ou de jornadas, sobre a interculturalidade.<br />

Dedicámos, pois, à análise destas questões, estreitamente ligadas à consecução de<br />

objectivos que nos propusemos atingir, uma particu<strong>la</strong>r atenção, num estudo assente,<br />

essencialmente, sobre o texto que formu<strong>la</strong> cada uma das actividades e sobre as<br />

imagens que o acompanham, quando reve<strong>la</strong>m intenções de trabalho de grupo ou<br />

outras, não especificadas no primeiro. Pretendemos identificar os<br />

intervenientes/participantes envolvidos e o tipo de estratégia(s) preconizado, tendo<br />

sido listadas as actividades:<br />

● que promovem o diálogo, introduzidas por “fa<strong>la</strong>, diz, conversa, dialoga, conta,<br />

explica, descreve...”, que, sobretudo para as faixas etárias visadas nos dois últimos<br />

anos do ciclo, podem já assumir a forma de debates/discussões subordinados a temas<br />

determinados previamente, entre os quais, os mais frequentes propõem a e<strong>la</strong>boração<br />

de regras (quase sempre para a sa<strong>la</strong> de au<strong>la</strong> ou para a esco<strong>la</strong>) e a realização de<br />

eleições ou votações, seja qual for a sua finalidade;<br />

● que implicam trabalhos de grupo, em particu<strong>la</strong>r, as representações de papéis;<br />

● que são orientadas para um contacto mais a<strong>la</strong>rgado - com a esco<strong>la</strong> (exterior à sa<strong>la</strong><br />

de au<strong>la</strong>) ou com a comunidade (exterior à esco<strong>la</strong>);<br />

● que envolvem observação/experiências (no domínio das Ciências da Natureza).<br />

Retivemos também as propostas de passeios/visitas de estudo e de apresentação de<br />

trabalhos (na sa<strong>la</strong> de au<strong>la</strong>, noutras turmas, ou aberta à comunidade); esta, a nível do<br />

1.º ano de esco<strong>la</strong>ridade, pode revestir, por vezes, a forma mais elementar de uma<br />

apresentação do(a) aluno(a) à sua turma. O Quadro 4 resume as principais estratégias<br />

encontradas ao longo desta pesquisa, a que nos pareceu poder associar, algum<br />

significado intercultural, explícito ou implícito.<br />

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