Tendiendo Puentes hacia la Interculturalidad Ponencias
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culturas, com “costumes, tradições e hábitos diferentes daqueles a que estamos<br />
habituados”. Mais do que isso, [3-C, D, F] mencionam algumas dessas culturas e<br />
respectivas tradições, incluindo, o primeiro destes manuais, uma resenha sobre a<br />
história dos ciganos. [3-A, C] completam o texto com uma proposta de recolha de<br />
informações sobre os costumes e tradições de povos que vivem em Portugal.<br />
• As referências à diversidade no mundo a nível de etnias, tradições, outros aspectos<br />
da vida humana (Quadro 5-A) têm uma expressão muito significativa em [1-F; 2-D],<br />
que complementam a maioria das suas unidades com a descrição, devidamente<br />
contextualizada, de particu<strong>la</strong>ridades da vida de povos distantes, acompanhada de<br />
fotografias elucidativas. A unidade facultativa “Conhecer costumes e tradições de<br />
outros povos”, no Bloco 2 do programa para o 3.º ano, é contemp<strong>la</strong>da por cinco dos<br />
manuais. Todavia, os povos considerados são quase sempre os mesmos (esquimós,<br />
habitantes do deserto e da savana africana), sugerindo [3-A, C, E] pesquisas sobre<br />
este tema. Em [4-C], retivemos, dada a faixa etária a que se destina, a introdução do<br />
projecto já referido – “Conhecer outras culturas” – orientado para a comunidade local:<br />
“Todos sabemos que há imensa gente no mundo. Mas cada um de nós, embora tenha<br />
algumas características semelhantes aos outros, tem também características<br />
diferentes dos outros. Somos de todos os tamanhos, feitios e cores. Todos nos<br />
alimentamos, mas nem todos da mesma maneira. Festejamos datas e<br />
acontecimentos, mas cada um à sua maneira...”<br />
• No Quadro 5-A, a indicação das alusões à diversidade no mundo a nível de aspectos<br />
geográficos/naturais tem simplesmente como finalidade a comparação do peso que<br />
lhe é atribuído no corpus com o re<strong>la</strong>tivo às questões de cariz cultural.<br />
• As referências a re<strong>la</strong>ções de âmbito internacional ou a consecuções (individuais ou<br />
colectivas) que contribuíram, de alguma forma, para o progresso da humanidade<br />
(Quadro 5-A) repartem-se por vários conteúdos, abrangidos alguns deles pelo<br />
programa oficial. Estão neste caso as comunicações (pessoais e sociais), as<br />
deslocações de pessoas entre países/regiões diferentes e o comércio internacional –<br />
nas unidades “Os meios de comunicação” (2.º ano), “O comércio local” (3.º ano) e<br />
sobre a emigração portuguesa (4.º ano), incluídas no Bloco 4, e ainda no “Turismo do<br />
Meio Local” (3.º ano) e no tópico facultativo “A indústria do meio local” (4.º ano),<br />
compreendidos no Bloco 6. No que se refere às comunicações, encontramos alusões,<br />
em [2-C, D; 3-B, C, D, E; 4-A], ao telefone, correios postal e electrónico, Internet ou<br />
satélites artificiais para contactar pessoas doutros países; e, em [2-D, E, F; 3-A], a<br />
diferentes meios de comunicação social para se conhecerem notícias do mundo,<br />
apontando o último para a sua “importante função cultural, pelo intercâmbio de notícias<br />
e comentários.” Quanto às deslocações de pessoas, todos os manuais assina<strong>la</strong>dos<br />
tratam especificamente do turismo ou de migrações, à excepção de [4-A] que<br />
menciona o Aeroporto Internacional F. Sá Carneiro, donde “se faz a ligação com<br />
muitas partes do Mundo”: [3-A, F; 4-B, C, F] referem-se aos atractivos turísticos de<br />
Portugal para os estrangeiros; [2-F], a portugueses que partem para outros países no<br />
quadro das suas férias; [3-B], aos objectivos do turismo no passado – “ [Há cem anos]<br />
Algumas pessoas visitavam países estrangeiros. Tinham curiosidade em conhecer<br />
outros povos e culturas e em ver os grandes monumentos do passado. Por isso,<br />
visitavam países como o Egipto, a Grécia, a Itália” –; [3-C], às suas causas, entre as<br />
quais, destaca o conhecimento de monumentos e museus de outras regiões e países<br />
(turismo cultural), com a ilustração de um edifício aparentemente asiático. Quanto às<br />
migrações, só [4-E] considera a imigração em Portugal (proveniente dos países de<br />
Leste); as restantes são emigrações de portugueses – mencionadas em todos os<br />
manuais para o 4.º ano, à excepção de [4-A], e também em [3-C], mas neste último,<br />
sem mapas de apoio e no contexto mais geral de migrações de pessoas para outros<br />
países “à procura de melhores condições de vida”, complementando o tema<br />
“Deslocações dos seres vivos” (Bloco 4). Salientamos em [4-F] a sugestão de duas<br />
recolhas de informações sobre os destinos da emigração de familiares e de pessoas<br />
do meio local. Todas as re<strong>la</strong>ções comerciais internacionais mencionadas, re<strong>la</strong>tivas à<br />
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