15.04.2013 Views

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Aos officiaes de Evora-Monte, separal-os, e pagar pelo Thesouro<br />

ilguma cousa emquanto ñas cortes se nao decidir o que se lhe deve <strong>da</strong>r.<br />

Esta medi<strong>da</strong> é de absoluta necessi<strong>da</strong>de.<br />

Sahi do ministerio em 18 de novembro.<br />

DOC. CCCLXXIV<br />

Reformas <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong>, projecla<strong>da</strong>s por Silva Carvalho, e abandona<strong>da</strong>s<br />

quando cahiu o minislcrio Carvalho-Rodrigo, em 18 de novembro de 1835<br />

SENHORA.—Que os povos devem contribuir para o serviço publico,<br />

nao com o mais que possam, mas com o menos que baste, embora<br />

vivam na abun<strong>da</strong>ncia —é hoje um dogma para os governos liberaos<br />

como se preza de o ser o de Vossa Magestade. A certeza de que os<br />

representantes do Povo nao consentirlo que seja desperdiçado o<br />

fructo do seu suor— é uma <strong>da</strong>s principaes garantías que offerecem<br />

os governos representativos. Mas será ella effectiva se a administracáo<br />

<strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> publica nao tiver uma marcha regular e segura f Se nao<br />

houver uma contabili<strong>da</strong>de clara e exacta?<br />

Proclama<strong>da</strong> e jura<strong>da</strong> em 1826 a Carta Constitucional, bem pode<br />

dizer-se que, até ao momento de ser ella derraba<strong>da</strong> pela usurpaçSo,<br />

nem um passo se deu para levar a eíFeito esse precioso penhor <strong>da</strong><br />

economia e parcimonia dos governos.<br />

No meio de uma lucta, em que por tantas vezes até a esperança<br />

pareceu abandonar-nos, quando o pensamento mal bastava para os<br />

cui<strong>da</strong>dos de tao desegual conten<strong>da</strong>, appareceu o decreto n.° 22 de 16<br />

de maio de 1832. Força ó dizel-o—ao estrondo <strong>da</strong>s armas, longe <strong>da</strong><br />

pratica dos negocios, e sem o auxilio de todos os elementos precisos,<br />

nao era possivel conceber um systema de administracáo <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong><br />

que preenchesse o seu fim.<br />

Continuava a peleja; e, sem embargo, o Grande Capitao que pu-<br />

gnava pelos direitos de Vossa Magestade desarraigava todos os abusos,<br />

derrocava todos os velhos edificios que a Carta nao comportava.<br />

Foi á vista d'esse decreto, que o governo, impellido <strong>da</strong>s necessi-<br />

<strong>da</strong>des <strong>da</strong> guerra, e rodeado <strong>da</strong>s immensas difficul<strong>da</strong>des que nasciam<br />

<strong>da</strong> extincçSo de tantos antigos estabelecimentos, foi organisando o<br />

Thesouro, ou antes foi collocando, quasi ao acaso, as pedras do seu<br />

edificio. Mau ensejo era para construir; era sim o melhor, o único<br />

para demolir; convinha aproveital-o, mau grado dos inimigos <strong>da</strong> liber­<br />

<strong>da</strong>de, e d'esses que, miopes, só viam o pó que se levantava.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!