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josé da silva carvalho - DSpace CEU

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e discrecionarios que os habilitassem a obrar independentemente d'essas<br />

mesmas leis.<br />

Propoz-se o adiamento, e suspensáo continua<strong>da</strong> <strong>da</strong>s garantías ató<br />

ao fim de marco, no que todos convieram — assim como na proposicáo<br />

antecedente, depois de algum debate. O duque de Palmella e Rodrigo<br />

<strong>da</strong> Fonseca Magalhaes desejavam que aquellos que tivessem desam­<br />

parado os logares fossem previamente intimados para os vir servir.<br />

Dia 28 de marco.—Propoz o ministro do reino a continuacáo <strong>da</strong><br />

suspensáo <strong>da</strong>s garantías, mas mío do uso de poderes extraordinarios;<br />

pelo que votei até ao ponto <strong>da</strong> extinecáo <strong>da</strong> rebelliáo. Os poderes<br />

extraordinarios acabarlo no fim de marco. Apresentou um requerimento<br />

do conde de Lavradio, José Jorge Loureiro, e Mousinho, pedindo a<br />

demissao do ministerio. Nao votei, porque a Carta faz isso dependente<br />

livremente <strong>da</strong> coróa.<br />

Dia 20 de abril. — Estabeleceram a regra de se nao perdoarem<br />

segun<strong>da</strong>s deserçSes.<br />

Dia 7 de maio. — Fomos os conselheiros d'estado convi<strong>da</strong>dos pelo<br />

duque <strong>da</strong> Terceira para irmos á secretaria do reino ter com os ministros<br />

urna conferencia: fomos, e o ministro do reino fez a sua falla sobre o<br />

adiamento <strong>da</strong>s cortes até ao principio de novembro, allegando nao ter<br />

feito, por falta de tempo, os seus relatorios, e a falta de deputados<br />

para as abrir. Fallou o conde de Villa Real contra o adiamento;<br />

seguiu-se R. <strong>da</strong> F. Magalhaes contra, elogiando as conveniencias que<br />

havia, para os ministros mesmo, em as abrir, etc. Cardeal Patriarcha<br />

opinou pelo adiamento! sem <strong>da</strong>r alguma razáo. Eu contra, mui prin­<br />

cipalmente por nao estarem vota<strong>da</strong>s as leis de receita e despesa.<br />

Duque de Sal<strong>da</strong>nha disse que votaría pelo adiamento, se os ministros<br />

o nao quizessem para legislar no intervallo: foi entao que o ministro<br />

Cabral se abriu e disse que quería fazer lei de liber<strong>da</strong>de de imprensa<br />

e outras que elle julgava necessarias e que ñas cortes se nao fariam<br />

sem grave demora. Seguiu-se o ministro Castro e depois de fallar<br />

algum tempo concluiu que queriam fazer meia duzia de leis para<br />

organisar o paiz! O <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> fallou sem sentido em um systema de<br />

fazen<strong>da</strong>: repliquei que systema se necessitava, mas era de organisacáo<br />

geral, etc. Duque <strong>da</strong> Terceira na<strong>da</strong>, nem o ministro <strong>da</strong> justiça, etc.<br />

Acabou ficando ños em nossa opiniao.<br />

Dia 17 de maio. —Houve Conselho d'Estado regular sobre a materia<br />

antecedente: todos votaram o mesmo que tinham votado. O governo<br />

nao fez caso <strong>da</strong> opiniao do Conselho e nesse mesmo dia 17 sahiu com<br />

o decreto do adiamento <strong>da</strong>s cortes, adiando-as ató ao fim de setembro.<br />

Nunca mais tornarei com os ministros a conferencias senáo em regular<br />

sessao do Conselho d'Estado!!

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