15.04.2013 Views

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

No día 18 de novembro de 1842, propuzeram os ministros o adiamento<br />

<strong>da</strong>s cámaras. Fui de voto qne se devia observar o artigo 17.°<br />

<strong>da</strong> Carta Constitucional, qne exige qne baja em ca<strong>da</strong> anno pelo menos<br />

tres meses cortes; que se nao podia sophismar com a idea de ser a<br />

sessao neste anno extraordinaria, porque aquella era a lettra dá Carta.<br />

D'esta mesma opiniao foi Rodrigo, Villa Real, Palmella e até o<br />

dnqne <strong>da</strong> Terceira, presidente do conselho!<br />

NSo obstante o voto do Conselho, sahiu o decreto do adiamento<br />

para 28 de dezembro, assignado sómente pelo Costa Cabral, ministro<br />

do reino!<br />

1843<br />

Conselho d'Estado.—Em 14 de junho, honve em casa do duque<br />

<strong>da</strong> Terceira um Conselho d'Estado sobre a oriaçao de urna companhia<br />

para mélhorar a África. En, Rodrigo e elle votamos por ella.<br />

Voto para o Conselho d'Estado sobre a revali<strong>da</strong>çao de<br />

matrimonios.—O breve, ou decreto apostólico, últimamente publicado,<br />

e dirigido aos prelados diocesanos para revali<strong>da</strong>r os matrimonios<br />

celebrados em virtude de dispensa de juriadicçao ordinaria durante a<br />

ruptura com a Sé Apostólica (isto é, desde agosto de 1833 até o mez<br />

de julho de 1842), contém dontrina absur<strong>da</strong>, e é um novo parto monstruoso<br />

do ultramontanismo exaltado e sempre indócil.<br />

Suppoe o mesmo decreto que as dispensas concedi<strong>da</strong>s pela auctorisacáo<br />

ordinaria foram nullas por falta de jurisdiccáo on poder nos<br />

conceden tes; vindo assim estabelecer e inculcar o falso principio de<br />

qne o direito de dispensar nos impedimentos matrimoniaes pertence<br />

privativa e exclusivamente ao Papa, e que em nenhuma oircumstancia,<br />

ou de ruptura ou de outra extrema gravi<strong>da</strong>de, é licito aos prelados<br />

diocesanos exercer aquelle direito.<br />

Um tal principio, torno a repetir, é falso, e nao se poderá citar<br />

texto algum de direito ou capitulo de concilio que attribuisse essa<br />

facul<strong>da</strong>de ao Papa com a exclusáo dos bispos.<br />

Por muitos seculos exercitaram essa facul<strong>da</strong>de, qne é essencialmente<br />

inherente ao carácter <strong>da</strong> ordem episcopal, e no Concilio de Trento<br />

os prelados mais dignos e zelosos pelo bem, augmento e restauracáo<br />

<strong>da</strong> disciplina <strong>da</strong> Egreja foreejaram por que se declarasse que aos<br />

ordinarios pertencia a facul<strong>da</strong>de de dispensar em todos os casos. O<br />

Concilio nao teve coragem para estabelecer um claro ponto de direito<br />

e disciplina (bem sabi<strong>da</strong>s sao as razoes d'esta omissáo), mas tambem<br />

nao privou os bispos d'esse seu essencial direito. As expressoes de que<br />

elle usou, tanto no canon 3.° <strong>da</strong> sessao 24—De Matrimonii—nec<br />

posee Ecdesiam, etc., como na sessao 25, cap. xvm, idem—a quibus-

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!