15.04.2013 Views

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

maticos precisar bem e modificar as condiçSes offereci<strong>da</strong>s, no sentido<br />

qne se deve snppor ser o de quem as dictou, de acabar a guerra civil<br />

e de obstar e que ella se repita. O ministro <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong> pretenden que<br />

se tomasse uma resolucáo para o caso de se repellirem as modificaçSes;<br />

mas foi rejeita<strong>da</strong> a idea, porqne podia isso fazer mal ás negociaçoes.<br />

Soube neste dia, alias no dia 14, pela pessoa qne isto me communicou—J.<br />

J. Gr. de C.—que desde o principio d'esta lucta se allegou<br />

para Inglaterra que o Tratado <strong>da</strong> Quadrupla Alliança estava em pé e<br />

que, sendo a revolucáo como era na sua essencia miguelista, estavamos<br />

no caso de tornar effectivo o mesmo Tratado; e que lord Palmerston<br />

respondeu que tal Tratado já nao vigorara; mas depois que viu D. Miguel<br />

em Inglaterra, entendeu, em eonsequencia de novas instancias do<br />

governo, que no espirito de tal Tratado estava o auxilio <strong>da</strong> Inglaterra<br />

e Hespanha para Portugal, de modo que estas potencias se deyiam<br />

ligar para isso, se D. Miguel desembarcasse em Portugal, obrando<br />

entáo activamente; e aconselhou por esse tempo que se procurasse<br />

acabar a guerra civil, em que entendía empenhados os dois partidos<br />

liberaes, e, ain<strong>da</strong> que para este fim nao podiam <strong>da</strong>r um auxilio<br />

material, oomtudo nao duvi<strong>da</strong>vam empregar os seus bons officios e<br />

influencia moral. Tornou o governo a instar sobre o principio de que<br />

a guerra era miguelista, porque os generaos migueíistas comman<strong>da</strong>vam<br />

a maior parte <strong>da</strong>s forças, que a Rainha nunca deixara de ser<br />

clemente, nem quería governar sem a Carta, e que as noticias que<br />

d'aqui se man<strong>da</strong>vam por pessoas suspeitas (e que infelizmente nao<br />

eram desmenti<strong>da</strong>s lá) nao eram exactas, etc. Tambem se disse que a<br />

Franca tinha offerecido os seus officios, e que se respondesse que se<br />

acceitariam, se acaso as tres potencias os julgassem necessarios. Os<br />

francezes tambem trabalharam em Londres, e pelo teor <strong>da</strong> ultima<br />

nota nao é rejeita<strong>da</strong> a sua cooperacSo, porque diziam que, se a Junta<br />

do Porto nao adherisse ás condiçSes postas pela Rainha entáo as tres<br />

potencias deliberariam sobre o modo de a obrigar<br />

Dia 16.—Houve Conselho d'Estado, onde o ministro dos negocios<br />

estrangeiros apresentou uma nota <strong>da</strong>ta<strong>da</strong> de 19 de marco, na qual<br />

pedia a interferencia arma<strong>da</strong> de Inglaterra em eonsequencia do Tratado<br />

de Quadrupla AUiança, e a resposta de lord Palmerston que aqui por<br />

copia lhe communicou sir H. Seymour, em que dizia que o Tratado<br />

1<br />

Mr. Peel e mr. Guizot disseram ñas cámaras ingleza e franceza, por<br />

occasiáo <strong>da</strong> interferencia <strong>da</strong>s potencias allia<strong>da</strong>s na guerra civil de Portugal<br />

em 1847, qne o Tratado <strong>da</strong> Quadrupla Alliança estava em vigor. = & C.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!