15.04.2013 Views

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Foi esta urna <strong>da</strong>s reformas <strong>da</strong>s mais uteis que eu fiz, e que por<br />

muitas vezes tinha sido imperfeitamente feita: o que a lei concedia<br />

numas, prohibía noutras; tudo se fazia ao acaso, com grave per<strong>da</strong><br />

para o estado. Faltava-lhe aquella uni<strong>da</strong>de indispensavel na sua orga­<br />

nisacáo, que depois se lhe deu. A despesa <strong>da</strong> alfandega, com a reuniáo<br />

<strong>da</strong> Casa <strong>da</strong> India e reduccáo nos ordenados, pela minhas reformas,<br />

fica em metade, e a <strong>da</strong>s Sete Casas em um terco menos. A que se<br />

fazia antigamente com a cobrança <strong>da</strong> Fazen<strong>da</strong> passava de 800 contos<br />

de réis.<br />

Terceira entra<strong>da</strong> no ministerio em abril de 1836.—Tornei<br />

a entrar no ministerio em 20 de abril de 1836, bem contra minha von­<br />

tade. Todos os meus projectos anteriores já nao podiam vingar, e entáo<br />

foi necessario lançar máo de outros meios. Estes acham-se no Diario<br />

de 1 de junho de 1836.<br />

Entrou Passos Manuel e tudo desorganisou. Seguiu-se Joáo de<br />

Oliveira, hoje baráo do Tojal, e nos Diarios de 13 e 14 de dezembro<br />

de 1837 vem o seu pensamento: capitalisacáo <strong>da</strong> divi<strong>da</strong> fluctuante<br />

até 30 de junho de 1837; urna emissao de 1:200 contos de réis em<br />

notas pagaveis no anno de 1840, para desembaraçar os rendimentos<br />

<strong>da</strong>s alfandegas, hypothecados a diversas especies de divi<strong>da</strong>; capi-<br />

talisar o papel-moe<strong>da</strong> com juro de 6 por cento e 1 de amortisacáo;<br />

projecto de lei para o lançamento <strong>da</strong> decima e sua arreca<strong>da</strong>cáo,<br />

assim como dos impostes annexos a ella. Seguiu-se Manuel Antonio<br />

de Carvalho, em 1838, que na<strong>da</strong> fez. Depois veiu Florido Rodrigues<br />

Pereira Ferraz, que deixou as cousas em peor estado. Succedeu-lhe<br />

Manuel Gonçalves de Miran<strong>da</strong> em 29 de Janeiro de 1841.<br />

Por occasiáo <strong>da</strong> terceira entra<strong>da</strong> no ministerio em 20 de abril de<br />

1836, achei a Alfandega Grande empenha<strong>da</strong> ató o mez de maio, e a <strong>da</strong>s<br />

Sete Casas ató 22 de abril. A recebedoria exhausta. Os parochos<br />

haviam recebido por conta algumas quantias, era necessario ultimar<br />

a segun<strong>da</strong> que estava a pagamento, que era um quartel <strong>da</strong>s congruas<br />

propostas pela commissao de Lisboa. Os egressos estavam pagos em<br />

todo o reino até abril de 1835 inclusive, menos os de Lisboa que só<br />

o estavam ató fevereiro de 1835 inclusive; mandei egualar a todos<br />

pagando-lhe mais maio de 1835. As freirás estavam pagas ató o fim<br />

d'este anno. Das pensoes, devia-se o quarto quartel do anno de 1834.<br />

Pedi logo ao ministerio do reino conta dos professores e adminis­<br />

tradores, para lhe pagar o que pudesse. No dia 21 tomei as seguintes<br />

medi<strong>da</strong>s: Arranjei de emprestimo—do Bran<strong>da</strong>o 40 contos de réis, do<br />

Lima 25, do Pimenta por adeantamento 34, que tudo somma 99 contos<br />

de réis. Paguei á Rainha o resto <strong>da</strong> sua moza<strong>da</strong> de marco. Á marinha<br />

20 contos de réis. Paguei á Imperatriz, — á guar<strong>da</strong> municipal, — e as

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!