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josé da silva carvalho - DSpace CEU

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proroga<strong>da</strong>s, em consequencia do cheque que hontem levou o ministe­<br />

rio. Disse Rodrigo <strong>da</strong> Fonseca Magalhaes que o governo nunca tivera<br />

esta cámara por constituinte.<br />

Julho. — Dia 17.— Foi a Rainha lançar no Roció a pedra fun­<br />

<strong>da</strong>mental para o monumento ao Imperador, duque de Bragança.<br />

Estava presente a corte, corpo diplomático, presidentes <strong>da</strong>s cámaras<br />

e as competentes deputaçoes, cámara municipal, etc. A commissáo<br />

encarrega<strong>da</strong> <strong>da</strong> obra do monumento foi quem fez o serviço, porque<br />

Sua Magestade assim o determinou. O presidente José <strong>da</strong> Silva Carva­<br />

lho leu o auto e a legen<strong>da</strong> que o acompanhava. O conde de Porto<br />

Corvo apresentou as moe<strong>da</strong>s de to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong>des; o conde de Mello<br />

a caixa de prata onde haviam de ser, como foram, encerra<strong>da</strong>s com o<br />

auto e legen<strong>da</strong>; os viscondes de Benagazil e Garrett levaram a padiola<br />

onde foi a pedra; o secretario <strong>da</strong> commissáo, Agostinho José Pereira,<br />

apresentou o cimento para se sellar a tampa <strong>da</strong> pedra; o Rodrigo <strong>da</strong><br />

Fonseca Magalhaes apresentou a colher e martello para Sua Magestade<br />

bater na pedra, como tudo se fez o melhor possivel. Estava a praça,<br />

janellas e rúas cheias de gente.<br />

Outubro. — Día 13.—Veiu o conselheiro d'estado Avila pedir-me<br />

para ir na sexta feira pelas 2 horas a casa do visconde de Laborim,<br />

para declararmos que vamos á urna eleitoral, porque nao queremos<br />

abdicar do nosso credo, dos nossos principios, e que nao estamos pela<br />

recommen<strong>da</strong>cáo do conde de Thomar. O nosso programma ó a Carta<br />

e o governo representativo.<br />

Dia 16.—Houve a reuniáo á hora indica<strong>da</strong> e fui eu escolhido<br />

para presidir como vice-presidente <strong>da</strong> cámara dos pares. Propoz-se<br />

se haviamos de ir á urna, e que meios se empregariam para se eleger<br />

para a cámara de deputados homens que sustentassem o governo repre­<br />

sentativo, conservador e moderado; afinal escreveu Luiz Augusto<br />

Rebello o seguinte para ser publicado nos jornaes Lei e Jmprensa:<br />

«Estamos auctorisados a publicar a seguinte deliberacáo:<br />

«Os dignos Pares e os Deputados pertencentes á communháo Car-<br />

tista de ambas as Cámaras do parlamento, reunidos em casa do sr.<br />

visconde de Laborim, com o fim de examinar o que mais conveniente<br />

fosse á digni<strong>da</strong>de do partido conservador, na próxima eleicáo de depu­<br />

tados— o sr. Silva Carvalho, visconde de Castelloes, Cunha Souto<br />

Maior, visconde de Castro, Avila, Rebello, Moura, Laborim, Proença,<br />

D. Carlos, Conde de Paraty, Farinho, conde do Casal, marquez <strong>da</strong><br />

Ponte de Lima, Mendes Leal — concor<strong>da</strong>ram unánimemente em que<br />

era um dever para o partido conservador concorrer á urna, <strong>da</strong>ndo<br />

assim urna prova de que está disposto sempre a manter a sua posicáo,<br />

sustentando os seus principios de ordem, de respeito á lei e de estabi-

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