15.04.2013 Views

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

josé da silva carvalho - DSpace CEU

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

D'esta re visito resaltará sem duvi<strong>da</strong>, segundo já consta ao governo<br />

de Sua Magestade Fidelissima, urna diminuiçSo sensivel nos direitos<br />

que se propunham sobre as fazen<strong>da</strong>s de algodáo e sobre a manteiga,<br />

o que servirá para provar que o dito exame nao é meramente de<br />

forma, e que deverá remover as principaes objecçoes que se téem<br />

apresentado. O tempo e a experiencia irao fazendo successivamente<br />

o resto, pois nao se deve perder de vista que o governo portuguez<br />

entra agora, por assim dizer, numa nova era, e que pela primeira vez<br />

vae tentar de assentar bases para um systema de finanças que depende<br />

de combinaçoes inteiramente diversas <strong>da</strong>s que podiam fazer-se quando<br />

o Brazil se achava unido a este reino, sendo preciso agora procurar<br />

remedio aos males que tantos annos de agitaçoes políticas téem levado<br />

ao extremo!<br />

Será, pois, necessario ir successivamente corrígindo os erros que<br />

a experiencia indicar na formacáo <strong>da</strong>s pautas, pois esse é o mesmo<br />

methodo qne téem seguido as naçoes mais adeanta<strong>da</strong>s do que a nossa<br />

no desenvolvimento do seu commercio, e nao será talvez impossivel<br />

que, desengañados pela mesma experiencia, venhamos com o tempo<br />

a abracar principios mais latos para a liber<strong>da</strong>de do commercio, e<br />

a abandonar o systema dos protegidos.<br />

Foi esta, pouco mais ou menos, Ex. m0<br />

Sr., a resposta com que<br />

de viva voz repelli as arguiçoes conti<strong>da</strong>s no despacho que me foi<br />

lido por lord Howard. Accrescentei, porém, ás minhas observaçoes<br />

a asseveracáo de qne, se alguma nacáo estava no caso de merecer<br />

<strong>da</strong> nossa parte preferencias que nao fossem lesivas dos nossos proprios<br />

interesses, e por consequencia contrarías ao dever de um governo<br />

probo, era sem duvi<strong>da</strong> a nacáo ingleza, e pedi-lhe que notasse e<br />

fizesse considerar ao seu governo: 1.° Que tendo-se pelo tratado de<br />

Methuen pactuado que os nossos vinhos pagariam nos dominios británicos<br />

um terco menos qne os de Franca, e qne em troco d'isso<br />

os pannos de lá inglezes seriam recebidos em Portugal sem se estipular<br />

o direito que pagariam, acontece agora que o seu governo<br />

privón os vinhos portuguezes do favor que gosavam em Inglaterra,<br />

em quanto os lanificios inglezes continuam e oontinuaráo, mesmo<br />

depois <strong>da</strong> nova pauta, a ser admittidos em Portugal, pagando direitos<br />

quasi sempre menores do que pagavam até o anno de 1810!<br />

Ora neste ponto, cortamente, nao parece que o espirito de hostili<strong>da</strong>de<br />

esteja <strong>da</strong> nossa parte! 2.° Que o objecto <strong>da</strong>s continuas reclamaçoes<br />

do governo británico, desde o anno de 1810, tendo sido a abolicáó<br />

do monopolio exercido pela Companhia do Porto, e sendo essa abolicáó<br />

urna ooncessáo <strong>da</strong> maior importancia para o governo británico, que<br />

se teria compensado por meio de concessoes vantajosas, se tivessem

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!