Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>do</strong>sa busca de orientação e estas informações levam, conseqüentemente,<br />
ao agrupamento <strong>do</strong>s japoneses em determinadas<br />
áreas, quer porque, de maneira informal, tratam de<br />
ajudar as famílias que chegaram mais recentemente, quer<br />
porque desejam criar uma comunidade culturalmente homogênea.<br />
Neste processo de aglutinação das famílias dispersas assumem<br />
grande importância as empresas japonesas, que organizaram<br />
a colonização de certas regiões e que, facilitan<strong>do</strong> aos<br />
imigrantes nipônicos a compra de pequenas propriedades<br />
contíguas, permitiram a formação de núcleos etnicamente<br />
homogêneos.<br />
A constituição destes núcleos é um elemento importante<br />
no processo de ascensão social <strong>do</strong>s japoneses, pois é instrumental<br />
na organização da produção em novos moldes. As<br />
companhias de colonização, bancos e consula<strong>do</strong>s japoneses e<br />
também as cooperativas locais se empenharam em fornecer<br />
créditos, orientar o plantio e a comercialização.<br />
Podemos avaliar o apoio que os imigrantes receberam através<br />
<strong>do</strong> depoimento de um agrônomo japonês que veio para o<br />
Brasil logo depois de forma<strong>do</strong>, por volta de 1936. Como<br />
emprega<strong>do</strong> da Kaigai Kogyo Kabushiki-Kaisha, realizou estu<strong>do</strong>s<br />
em uma estação experimental no Caxingui, com o "objetivo<br />
de orientar os agricultores japoneses aqui radica<strong>do</strong>s<br />
porque notava-se o atraso técnico e cultural em toda a agricultura".<br />
Transferiu-se depois para a Cooperativa Agrícola de<br />
Cotia onde, a partir de 1938, colaborou na organização de<br />
cursos rápi<strong>do</strong>s de conhecimentos agrícolas que eram ofereci<strong>do</strong>s<br />
em várias localidades no interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> onde havia<br />
concentração de japoneses. Vieira (1967, p. 23) chama a atenção<br />
para o amparo com que contaram os súditos nipônicos no<br />
Brasil, que não se limitou aos núcleos de colonização planejada,<br />
mas se alargou através <strong>do</strong> estímulo da<strong>do</strong> à produção<br />
algo<strong>do</strong>eira <strong>do</strong>s arrendatários japoneses na Alta Paulista ou<br />
Alta Sorocabana. Confirman<strong>do</strong> as informações de Monbeig<br />
122