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Estrutura Familiar e Mobilidade Social - Estudo do

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mente as maiores, são compradas nessa época por italianos,<br />

quer comerciantes quer fazendeiros que se mudam para a cidade"<br />

(Durham, 1966, p. 44).<br />

Esta descrição <strong>do</strong> processo de transformação econômica e<br />

de mobilidade social no município de Descalva<strong>do</strong> pode ser<br />

generalizada para as zonas de cafezais em declínio e nos parece<br />

a medida exata das perspectivas abertas para a camada<br />

intermediária entre trabalha<strong>do</strong>res e grandes fazendeiros.<br />

Os imigrantes mais recentes, e entre eles os japoneses,<br />

não têm as mesmas condições destes italianos já fixa<strong>do</strong>s em<br />

certas áreas e que já deixaram o colonato há vários anos.<br />

Para eles existem oportunidades que se abrem nas zonas mais<br />

novas onde como empreiteiros ou pequenos proprietários<br />

vêem a possibilidade de enriquecer rapidamente. Fican<strong>do</strong><br />

nas regiões mais antigas, compram ou arrendam terras improdutivas<br />

e cansadas, por isso de baixo preço, e dedicamse<br />

à agricultura de abastecimento das cidades que, nesta<br />

época, crescem em ritmo acelera<strong>do</strong>.<br />

Assim surgiu o núcleo de lavra<strong>do</strong>res japoneses de Cotia,<br />

um <strong>do</strong>s mais antigos, e que foi estuda<strong>do</strong> por Saito (1956a).<br />

Ten<strong>do</strong> si<strong>do</strong> inicia<strong>do</strong> em 1913, por alguns jovens solteiros, o<br />

núcleo só se desenvolveu a partir de 1916, quan<strong>do</strong> cerca de<br />

30 famílias ali se localizaram como arrendatários, dedican<strong>do</strong>se<br />

ao plantio da batata e da cebola.<br />

Em época mais recente, por volta de 1930, outro núcleo<br />

japonês aparece em Suzano, também dedica<strong>do</strong> ao cultivo da<br />

batata, legumes e frutas para abastecimento da Capital e cidades<br />

vizinhas. Aqui, segun<strong>do</strong> o estu<strong>do</strong> de Ono e Miyazaki<br />

(1956) também encontramos famílias japonesas vindas das<br />

regiões produtoras de café.<br />

Consideran<strong>do</strong>, pelo menos por enquanto, apenas as oportunidades<br />

abertas na agricultura para estes pequenos produtores,<br />

vemos que os japoneses, a partir das fazendas, se dispersaram<br />

quer nas zonas de colonização mais antigas, onde o<br />

crescimento das cidades tornava lucrativa a lavoura de peque-<br />

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